Avaliação andrológica de macacos rhesus (Macaca mulatta, Zimmerman, 1780) em criadouro científico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Leal, Gabriel de Moraes
Orientador(a): Kugelmeier, Tatiana, Pires, Isabella de Moura Folhadella
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55358
Resumo: O refinamento das técnicas adotadas no manejo reprodutivo pode contribuir para o ganho na qualidade genética e sanitária dos animais, redução dos custos de manutenção de uma colônia e melhoria do bem-estar. Desta maneira, a proposta deste estudo foi estabelecer um protocolo de avaliação andrológica por meio de biometria corporal e genital, dosagem de testosterona sérica, colheita e avaliação seminal. Foram utilizados 62 macacos rhesus machos, com idades entre 3 e 14 anos, em criadouro científico na cidade do Rio de Janeiro. Os animais foram divididos em quatro grupos, de acordo com a faixa etária: Grupo1 – 3 anos; Grupo2 – 5 anos; Grupo3 – 8 a 11 anos; Grupo4 – 12 a 14 anos. Foram realizadas as seguintes avaliações: (1) exame físico; (2) biometria corporal (com fita métrica, segmômetro e plicômetro); (3) biometria testicular e genital (com auxílio de fita métrica, paquímetro e ultrassonografia); (4) dosagem de testosterona sérica pelas técnicas de quimioluminescência e eletroquimioluminescência; (5) colheita e avaliação física e funcional de sêmen e análise estatística. As avaliações físicas puderam diferenciar criteriosamente os quatro grupos quanto à anatomia do sistema reprodutor e concentração de testosterona ([T]). A prega abdominal, comprimento do corpo e cabeça e volume testicular foram correlacionados significativamente com a idade. Da mesma forma, foi observada uma tendência de aumento das concentrações séricas de testosterona conforme o aumento da idade, massa corporal e do volume testicular. A [T] variou de: 3-297 ng/dL no Grupo1; 19-697 ng/dL no Grupo2; 101-1041 ng/dL no Grupo3; 92 a 525 ng/dL no Grupo4. Não houve diferença estatística entre as medidas dos testículos direito e esquerdo. Quando comparadas os métodos de mensuração testicular, os valores obtidos por paquímetro e fita métrica foram correspondentes. Quanto ao aspecto, a coloração predominante do escroto nos grupos 1 a 3 foi rósea, com consistência firme dos testículos. Já para o Grupo4, a coloração predominante do escroto foi avermelhada e cerca de 50% dos testículos apresentaram consistência macia. A avaliação ultrassonográfica evidenciou diferenças marcantes na ecogenicidade do parênquima testicular entre o Grupo1 e os demais grupos, com predomínio (> 70%) da aparência hipoecogênica nesse grupo. A taxa de sucesso de obtenção de ejaculados foi de 37% (10 amostras em 27 animais). As amostras obtidas, em sua maioria, apresentaram espermatozoides viáveis, mesmo ao final da temporada reprodutiva. Uma amostra foi azoospérmica. Com base nos resultados obtidos nesse estudo, foi possível concluir que a avaliação minuciosa de machos de Macaca mulatta fornece dados importantes sobre a e saúde reprodutiva e maturidade sexual, podendo contribuir para protocolos de melhoramento genético e refinamento dos procedimentos instituídos em um programa de reprodução assistida