Níveis de anticorpos contra o sarampo entre as mulheres em idade fértil na população da Guiné-Bissau expostas a sarampo natural e a imunização contra o sarampo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Martins, Cesário Lourenço
Orientador(a): Leal, Maria do Carmo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5365
Resumo: Resumo: O objetivo do trabalho é determinar o estado imunitário e os níveis de anticorpos contra sarampo em mulheres de 14 a 25 anos de idade residentes em Bissau, entre os anos de 1997 e 1998, correlacionado com antecedentes vacinais e a infecção natural do sarampo. Metodologia: Estudo transversal de soroprevalência de sarampo realizado em uma coorte de mulheres nascidas no bairro Bandim-I no período de 1976 a 1982. Foram coletadas informações sobre exposição ao sarampo e amostras de sangue para determinação do título de anticorpos contra a doença pelo teste de Inibição da Hemaglutinação (HAI). Resultados: Das 2240 mulheres nascidas no período de interesse, foram encontradas 783, das quais 420 tiveram o nível de anticorpo determinado. Das mulheres testadas, 417 foram analisadas. Em 43 mulheres, 10,3% dos soros testados, encontrou-se ausência de anticorpos. A soropositividade verificada foi 89,7%. A vacina contra o sarampo foi recebida por 66,9% das mulheres e referiram ter tido sarampo na infância 31,2% delas. Afirmaram que tiveram pessoas com sarampo em casa 32,1% das entrevistadas. Quanto à história reprodutiva, 33,3% das mulheres já tiveram parto e 66,7% ainda não. A maioria das mulheres estudadas estavam com 15 a 16 anos de idade. Foi duas vezes maior a chance de estar protegida contra a doença naquelas mulheres que adoeceram de sarampo em relação às que não adoeceram, controlando o efeito das outras variáveis (p=0,051). Identificou-se um ligeiro aumento da prevalência de soroproteção contra o sarampo em mulheres que receberam duas doses de vacina e uma diminuição na prevalência da soroproteção nas mulheres que haviam tido filhos, embora sem comprovação estatística.