Soroprevalência de anticorpos para sarampo em adultos previamente vacinados com duas doses da vacina tríplice viral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Castiñeiras, Anna Carla Pinto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-21082023-161616/
Resumo: INTRODUÇÃO: O sarampo é uma doença infecciosa altamente transmissível que se configura como um problema global de saúde pública. Em 2016, o Brasil recebeu o Certificado de Eliminação de Sarampo pela Organização Panamericana de Saúde, porém a reemergência da doença em 2018 reforça a importância de altas coberturas com a vacina tríplice viral (SCR). Durante surto no Estado de São Paulo em 2019, foram registrados diversos casos da doença em indivíduos adequadamente vacinados de acordo calendário de imunização vigente. OBJETIVO: Avaliar a soroprevalência de anticorpos IgG para sarampo em adultos saudáveis previamente vacinados. MÉTODOS: Estudo transversal realizado de 8 de agosto a 19 de dezembro de 2019, com inclusão de adultos que buscaram atendimento no CRIE HC FMUSP (São Paulo, Brasil) e apresentavam registro de, ao menos, duas doses de vacina tríplice viral. Foram excluídos aqueles com condições clínicas que poderiam isoladamente alterar a resposta imune à vacinação. Para a dosagem de anticorpos IgG para sarampo foram utilizados os testes de ELISA (Euroimmun®) e quimioluminescência (LIASON®). Os desfechos avaliados foram a taxa (%) de soroprevalência e os títulos de anticorpos. Foram analisadas as associações da soroprevalência e dos títulos de anticorpos com variáveis de interesse (idade, sexo, profissão, relato de sarampo prévio, número de doses de vacina contendo sarampo, intervalo entre doses de tríplice viral e tempo transcorrido após a última dose de tríplice viral). RESULTADOS: Foram avaliados 162 participantes saudáveis, predominantemente jovens (mediana de 30 anos), mulheres (69,8%) e profissionais de saúde (61,7%), com mediana de 13,2 anos entre as doses de tríplice viral e 10,4 anos após a última dose da vacina. A soroprevalência detectada foi de 32,7% no ELISA e 75,3% na CLIA, com forte correlação positiva entre os métodos sorológicos (tau=0,73). Na análise bivariada, a soroprevalência e os títulos de anticorpos foram associados com a idade, relato de infecção prévia por sarampo e tempo decorrido após a última dose de SCR. Na análise múltipla, a idade e o tempo após a última dose foram independentemente associados à soropositividade, apresentando associação positiva e negativa, respectivamente. CONCLUSÕES: A soroprevalência de anticorpos IgG para sarampo em uma população considerada adequadamente imunizada foi baixa. A soropositividade foi maior em indivíduos de mais idade e com menor tempo transcorrido da última dose de SCR