Drogas, indivíduo e família: um estudo de relaçöes singulares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Caldeira, Zelia Freire
Orientador(a): Vaitsman, Jeni
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4796
Resumo: O presente estudo aborda a questão do uso de drogas lícitas e ilícitas, discutindo , mais especificamente, duas formas de consumo: a experimentação e o uso eventual ou recreacional. Partindo da hipótese de que indivíduos que experimentam ou usam drogas eventualmente e não se tornam dependentes, possuem traços específicos em seu processo de singularização, que de algum modo funcionam como proteção para que a dependência não se estabeleça, foi privilegiado o estudo do contexto familiar desses indivíduos, no sentido de tentar identificar, nas experiências vividas na rotina familiar, fatores que possam ter contribuído para o comportamento de não adicção às drogas experimentadas. Dentre essas experiências, foram destacadas as relações de afeto/auto estima, responsabilidade e limites. O trabalho empírico foi desenvolvido, a partir da abordagem qualitativa, em uma comunidade de baixa renda da zona sul do Rio de Janeiro. Foram entrevistados indivíduos com história de experimentação e/ou uso eventual de drogas lícitas e/ou ilícitas, que não estabeleceram com estas drogas relação de dependência. Os resultados parecem confirmar a hipótese de que as relações de afeto/auto-estima, responsabilidade e limites, vivenciadas no cotidiano familiar, podem constituir importantes fatores de proteção contra a dependência de drogas. Além disso, o estudo aponta para a necessidade de novas investigações, que busquem analisar, mais detalhadamente, as semelhanças e as diferenças de traços significativos nas histórias de vida de indivíduos dependentes de drogas e indivíduos usuários e não dependentes. Isso permitiria ampliar a discussão sobre fatores protetores e fatores de risco, não só relacionados ao consumo de drogas, mas também no que se refere a comportamentos de preservação da saúde e valorização da vida.