O trabalho do enfermeiro em emergência: representação social, comprometimento, satisfação e condições de trabalho. O caso do Hospital da Restauração

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Furtado, Betise Mery Alencar Sousa Macau
Orientador(a): Araújo Júnior, José Luiz do Amaral Corrêa de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60914
Resumo: Este estudo foi realizado no setor de Emergência do Hospital da Restauração com o objetivode conhecer como o enfermeiro percebe o seu processo de trabalho, a partir da representaçãoda sua função, comprometimento, satisfação com o trabalho e das condições de trabalhooferecidas. Utilizou como estrutura central de seu desenho um estudo de caso, mas lançoumão de outras abordagens quando utilizou vários instrumentos para, complementarmente e deforma a integrar outras contribuições, dar conta da explicação de um fenômeno complexo.Buscou na alternativa da triangulação de métodos e de dados acrescentar mais rigor,amplitude e profundidade à investigação. A coleta de dados lançou mão da entrevista aberta,questionários fechados, observação sistemática e Escala de Valores relativos ao Trabalho(EVT). Foram entrevistados 23 enfermeiros. Empregou-se na análise dos dados aCondensação de Significados e programa Excel, versão 2003 e os parâmetros da EVT. Comoresultados encontrou-se que a quantidade excessiva de pacientes, a falta de segurança e adesorganização no ambiente de trabalho foram os itens mais criticados pelos entrevistados,confirmados tanto pelos dados quantitativos quanto pela observação sistemática,demonstrando convergência dos resultados. Do grupo pesquisado, 47,8% já trabalha naEmergência por mais de 16 anos consecutivos, sendo a maioria na faixa etária de 41 a 50 anose do sexo feminino. Esses profissionais acreditam que a população continua sem diferenciar oenfermeiro dentro da equipe de saúde. Não consideram que a Instituição valorize o seutrabalho, embora reconheçam como de extrema importância para as suas vidas e para oserviço. Não se sentem comprometidos com a Instituição como antes, o que se justifica pelascondições atuais e descaso dos gestores e do Governo com os problemas da Emergência.Quanto ao reconhecimento do seu trabalho por parte dos outros profissionais, depende daempatia entre o grupo e conhecimento e domínio por parte do enfermeiro das suas condutas.Predomina uma percepção de condições de trabalho precárias, salários insatisfatórios,ambiente insalubre e inseguro, levando a um sentimento de desmotivação, ao mesmo tempoem que se mostram realizados e felizes pelo que o trabalho pode proporcionar e ajudaraqueles que necessitam, o que pode justificar a longa permanência desses profissionais nesseserviço. O seu objeto de trabalho está claro, porém o seu papel ainda se mostra bastanteconfuso, com atividades pulverizadas.