Validade dimensional da escala “work-life indicator” aplicada no Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Fernandes, Jéssica de Almeida
Orientador(a): Griep, Rosane Harter
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55278
Resumo: O mundo do trabalho vem sendo modificado quanto à sua natureza. De forma concomitante, a sociedade sofre modificações, as mulheres passaram a integrar o mercado de trabalho e os homens têm contribuído com o trabalho doméstico, embora essa relação não seja igualitária. Com a disponibilização da internet e do uso de equipamentos portáteis, os limites entre a vida pessoal e o trabalho se tornaram mais tênues e a interferência, cada vez mais frequente. Para mensurar o quanto as dimensões da vida (trabalho e vida pessoal) têm interferências mútuas e avaliar o controle percebido dos limites entre essas duas funções pelos trabalhadores, foi desenvolvida a escala “indicadora de trabalho-vida” (work-life indicator). Composta originalmente por 17 itens em cinco dimensões distintas, três dimensões (13 itens) foram traduzidas para o Português-BR e passaram por processo de adaptação transcultural. A presente dissertação apresentou as etapas dessa adaptação e analisou a sua estrutura dimensional, por meio da produção de um artigo científico intitulado: Adaptação transcultural para o português da escala work-life indicator aplicada no Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). No artigo são descritas as análises das equivalências conceitual, de itens e semântica. Após a aplicação da escala a 7.277 trabalhadores da terceira onda de coleta de dados do ELSA-Brasil procedeu-se a avaliação da equivalência de mensuração, utilizando-se a Análise Fatorial Confirmatória (AFC). Os resultados apontaram equivalências conceitual, de itens e semântica pertinentes da escala no contexto brasileiro, além de adequada correspondência de significado referencial/denotativa de termos e também da geral/conotativa dos itens. A AFC corroborou a estrutura teórica com três dimensões: i-vida pessoal invadindo o trabalho, ii-trabalho invadindo a vida pessoal e iii-controle de limites percebidos, mas indicou a exclusão de dois itens da primeira dimensão. Essa configuração da escala apontou indicadores de ajuste adequados no modelo final (CFI=0,968, TLI=0,957 e RMSEA=0,039). Concluiu-se que escala é promissora para o uso em investigações nacionais sobre o impacto da segmentação ou permeabilidade entre os dois papéis (trabalho-vida pessoal) na saúde e qualidade de vida dos trabalhadores. Essas investigações podem colaborar com a pauta de proposição de políticas públicas na área de saúde e bem-estar do trabalhador, que levem em consideração a ausência de limites entre o trabalho e a vida pessoal e suas implicações na saúde e bem-estar.