Adaptação transcultural da Escala de Preocupações Reprodutivas Após o Câncer (Reproductive Concerns After Cancer Scale) em mulheres em idade reprodutiva com diagnóstico de câncer: primeiras etapas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Bolivar, Flávia Sant'Anna de Sá Carvalho
Orientador(a): Silva, Ilce Ferreira da, Mendes, Corina Helena Figueira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27411
Resumo: O aumento da incidência do câncer em faixas etárias mais jovens, em paralelo à melhoria da sobrevida associada à implementação de programas mais eficazes de rastreamento e tratamento da doença, levou à emergência de um grupo de sobreviventes jovens do câncer, o qual apresenta necessidades específicas. Uma delas é a informação sobre o potencial de infertilidade ligado aos tratamentos oncológicos, e as preocupações reprodutivas associadas. Reforçando a necessidade de trazer a discussão destes temas para o nosso meio, este estudo foi conduzido com o objetivo de realizar as primeiras etapas para adaptação transcultural da Reproductive Concerns After Cancer scale (escala RCAC). Em primeiro lugar, uma versão em português da escala RCAC foi construída, seguindo as diretrizes da organização FACIT para tradução de instrumentos de qualidade de vida. Em seguida, a equivalência de conceito foi avaliada, a partir da análise de conteúdo temática do material transcrito de entrevistas semiestruturadas, realizadas com 14 mulheres jovens sobreviventes ao câncer. A equivalência semântica e operacional da versão traduzida da escala RCAC também foi avaliada, a partir de análise do material levantado durante o pré-teste do instrumento em uma amostra de 16 mulheres jovens, sobreviventes ao câncer. Ao final do estudo, concluiu-se que o conceito da preocupação reprodutiva após o câncer está presente na nossa cultura, mostrando equivalência, e que o mesmo está bem representado na escala RCAC. A equivalência semântica mostrou problemas em alguns itens, provavelmente derivados do processo de tradução, que demandariam correção. A avaliação da equivalência operacional discutiu questões relativas à influência da aplicação da escala em formato impresso no papel, e identificou problemas na construção da escala relativos à redundância dos itens e ao espaço de desfecho. Estes últimos foram julgados de difícil resolução, e, por isso, tornaram pouco interessante seguir com o processo da adaptação transcultural da escala para o nosso meio. O melhor formato, e o melhor instrumento, para mensurar as preocupações reprodutivas após o câncer na nossa população ainda deve ser definido.