Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Reis, Pedro Santos Muccillo |
Orientador(a): |
Barbosa, Lúcio Macedo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/50395
|
Resumo: |
INTRODUÇÃO: Trabalhadores agrícolas em Salvador, Bahia, Brasil, têm sido descritos com maior prevalência e intensidade de infecção por Schistosoma mansoni do que a população em geral. Este fato correlaciona-se com o grande fluxo migratório para a capital baiana, com grande parte destas pessoas estabelecendo suas moradias em locais de baixo saneamento básico e desenvolvimento. Mantendo assim, um potencial de continuidade do ciclo do S. mansoni. O presente estudo identificou todas as áreas de agricultura comercial na cidade e monitorou longitudinalmente os trabalhadores infectados. OBJETIVO: Este estudo tem como objetivo avaliar a distribuição, prevalência e intensidade da infecção por Schistosoma mansoni em todos os trabalhadores agrícolas em Salvador, Bahia. Assim como a dinâmica e estrutura populacional dos parasitas. MATERIAL E MÉTODOS: O estudo foi dividido em duas etapas. A primeira etapa consistiu em um corte transversal, onde foi realizada a identificação de diferentes áreas de agricultura urbana na cidade de Salvador, com uma descrição posterior da prevalência de esquistossomose entre seus trabalhadores. A segunda etapa consistiu no monitoramento longitudinal de trabalhadores de duas das áreas previamente identificadas. Os exames de Kato-Katz foram realizados em até 3 amostras de fezes coletadas em dias diferentes nas etapas 0 (corte transversal) , 1, 3, 4, 6 e 7 meses, seguidos de tratamento em cada período.. A estrutura da população de S. mansoni foi avaliada usando 18 microssatélites. Os resultados para testar a diferenciação genética entre as populações estudadas foram dadas pelo índice de diferenciação D de Jost (Jost\2019s D). RESULTADOS: Em 8 bairros, 18 hortas urbanas comerciais foram identificadas. Os plantios irrigados com água de fonte natural corresponderam a 67% e o Biomphalaria sp. estava presente em 56% destas localidades. Todos os 36 trabalhadores identificados forneceram pelo menos uma amostra de fezes. A maioria era do sexo masculino (83,3%), com idade média de 51 anos ± 14,6 anos. Historico prévio para esquistossomose foi relatada por 36% deles. A prevalência geral foi de 25% com uma carga parasitária média de 367 ± 549 ovos por grama de fezes. Os casos positivos vieram de 2 localidades (Pirajá e Pernambués). As populações Componente apresentaram uma diferenciação moderada (Dc = 0,101), portanto o fluxo gênico foi limitado entre os locais, separados a 10 km de distância. No mês 1, três trabalhadores permaneceram eliminando ovos nas fezes após o tratamento, sendo que dois deles não seguiram o protocolo indicado. Três meses depois, um trabalhador que testou negativo após a primeira rodada de tratamento tornou-se positivo. No mês 4, todos foram negativos no retratamento. Ao 7º mês, dois trabalhadores foram novamente positivos. A diferenciação entre infrapopulações no mês 0 e 7 (Di = 0,07) sugere que a reinfecção é mais provavelmente local, uma vez que houveram períodos de amostras negativas. CONCLUSÃO: Diante dos aspectos epidemiológicos, parasitológicos e moleculares, nota-se que entre os trabalhadores infectados, a esquistossomose permanece como um grande problema de saúde e social. As evidências encontradas sugerem que estes trabalhadores se infectam localmente nas hortifruticulturas de Salvador \2013 BA. Estudos longitudinais futuros, devem ser conduzidos com um espaço de tempo maior entre as coletas para serem obtidos resultados um pouco mais robustos relativos a velocidade de reinfecção. |