Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Juliana Kilesse |
Orientador(a): |
Gaspar Elsas, Maria Ignez Capella |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Fernandes Figueira
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/6423
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Resumo: |
A mortalidade infantil tem sofrido um declínio principalmente no componente pós-neonatal, que é mais susceptível às ações preventivas, como campanhas de vacinação, estímulo ao aleitamento materno e controle da doença diarreica. A mortalidade neonatal, por outro lado, resulta de uma estreita e complexa relação entre variáveis biológicas, imunológicas, sociais e de assistência à saúde, o que faz com que a redução seja mais difícil e lenta. Avanços recentes em estudos genômicos vêm buscando identificar a correlação entre polimorfismos genéticos de base única (SNPs) em genes reguladores da resposta inflamatória sistêmica e a suscetibilidade à sepse. Neste estudo, foram avaliados os polimorfismos de base única nas posições TNF- 308 G>A ;TNF-863 ; IL-6-174; LTA+252 ; MIF-173; IL-10- 819 em relação à gravidade de evolução clínica na sepse na população neonatal. Trata-se de um estudo retrospectivo com 58 crianças nascidas na maternidade no IFF, gravemente enfermas admitidas em UTI Pediátrica (UPG) e história pregressa de internação em UTI Neonatal (BAR e Neocirúrgica IFF/Fiocruz) com ou sem diagnóstico de sepse no período neonatal. A genotipagem de todos foi disponibilizada em banco de dados existente e resultados foram comparados com dados da evolução clínica desses pacientes no período neonatal através de medidas de associação regressão logística, sendo ajustadas covariáveis. Foi observada diferença estatisticamente significativa na distribuição de sepse neonatal entre crianças nascidas a termo e pré termo, o predomínio de sepse neonatal no grupo de menor peso ao nascer e a presença de fatores nosocomiais como necessidade de acesso profundo, uso de nutrição parenteral e permanência em ventilação mecânica invasiva apresentaram associação estatisticamente significativa entre tais fatores e o desenvolvimento de sepse neonatal . Não foi observada associação estatisticamente significativa na análise dos genótipos, alelos e carreadores dos polimorfismos nas posições TNF-308 G>A , LTA+252, IL-6-174, TNF-863, IL-10-819 e MIF-173 e o desenvolvimento de sepse neonatal na população estudada, nem na população estratificada por prematuridade. A dificuldade em identificar uma associação entre o desfecho e polimorfismos nessas citocinas é compatível com os resultados da literatura especializada, revistos em detalhe a partir de uma revisão sistemática do assunto. Juntos, os nossos dados indicam que as análises dessas associações já podem ser feitas em nossa instituição, mas que ainda não é possível definir um painel de biomarcadores que possa ser implementado rotineiramente como ferramenta prognóstica para a sepse neonatal. |