A importância do contexto social de moradia na auto-avaliação em saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Santos, Simone Maria dos
Orientador(a): Chor, Dóra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4345
Resumo: A influência das características do contexto de vizinhança na auto-avaliação de saúde (AAS), ainda é pouco estudada, principalmente em países em desenvolvimento como o Brasil, onde há poucos estudos sobre o tema e nenhum estudo multinível. O objetivo geral deste trabalho foi investigar as relações entre indicadores socioeconômicos de vizinhança e a auto-avaliação de saúde, considerando-se as relações entre características individuais e de grupo. Esta tese apresenta seu conteúdo em formato de três artigos: 1 - Resultante de ampla revisão sistemática de bibliografia publicada entre 1995 e 2005, descreve um panorama sobre as relações entre os fatores contextuais de vizinhança, controlados os fatores individuais, e a AAS, identificando as principais características metodológicas dos estudos sobre o tema; 2 - Descreve-se o processo de delimitação de vizinhanças no município do Rio de Janeiro para o estudo da influência do contexto de moradia na saúde, através de agregação de setores censitários homogêneos em relação a indicadores sociodemográficos pelo método SKATER; 3 - Trata-se de uma abordagem multinível, onde a relação entre indicadores de características socioeconômicas da vizinhança e a auto-avaliação de saúde dos participantes do Estudo PróSaúde foi analisada. Na revisão de artigos, evidenciou-se que houve um crescimento importante de estudos multinível de fatores envolvidos na determinação da AAS, acompanhado da ampliação das dimensões de indicadores de contexto investigados e do aprofundamento da complexidade dos modelos teóricos. Quanto às vizinhanças delimitadas, os resultados alcançados são bastante promissores. Por ser tratar de um método estruturado, baseado em dados e programas computacionais disponíveis, e que pode ser facilmente reproduzido para outros municípios brasileiros e de outros países, espera-se que seja possível avançar nos estudos dos diferenciais sociais intra-urbanos do contexto de moradia e suas implicações em diversos desfechos de saúde. As estimativas de razão de chances obtidas no modelo mutiltinível mostraram uma variação significativa na auto-avaliação de saúde relacionada ao nível de renda e à média do número de moradores por domicílio das vizinhanças, que não pode ser totalmente explicada por fatores individuais composicionais, incluindo renda individual per capita, escolaridade, idade, sexo, raça/cor e hábitos relacionados à saúde e doença crônica individuais.