Distribuição espacial da mortalidade por agressão no município de São Paulo no ano de 1999

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Eterovic, Vera
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-11102024-161802/
Resumo: Objetivo. Ante a magnitude da mortalidade de jovens e adultos jovens, vítimas da violência fatal nos grandes centros urbanos do país, realizou-se o estudo com o objetivo de determinar o padrão de distribuição espacial da mortalidade por Agressão no município de São Paulo, identificando a ocorrência de clusters espaciais e a relação com alguns indicadores socioeconômicos. Métodos. Os coeficientes de mortalidade por Agressão foram construídos para cada um dos sexos utilizando-se a população de 10 a 49 anos e o total de óbitos nessa mesma faixa etária para o ano de 1999. Para a caracterização espacial do município utilizou-se mapas temáticos de padrão de áreas. Foram aplicados o teste Moran I para a detecção da ocorrência de clusters espaciais e o coeficiente de correlação de Pearson para verificação da relação entre a mortalidade por Agressão e os aspectos socioeconômicos. Resultados. A distribuição espacial da mortalidade por Agressão masculina não se dá de forma aleatória. É possível identificar a ocorrência de autocorrelação espacial verificando a existência de clusters de valores altos, particularmente nas zonas sul e leste, e de valores baixos nas áreas mais centrais da cidade. O resultado do teste de Moran I para mortalidade feminina não apresentou significância estatística. A análise de correlação aponta a Renda Média Familiar, o Desenvolvimento Educacional do Chefe de Família e a Densidade Habitacional como os indicadores que mantêm as mais fortes relações com a mortalidade masculina por Agressão. Não foi encontrada nenhuma relação estatisticamente significativa entre a mortalidade feminina por Agressão e indicadores socioeconômicos. Conclusões. A distribuição da mortalidade masculina por Agressão ocorrida no município de São Paulo, em 1999, guarda uma forte autocorrelação espacial e apresenta correlação inversa com indicadores de exclusão social. O estudo sugere a realização de pesquisas complementares que utilizem outras escalas de análise e abordagens diferenciadas para explicação do problema.