Fatores associados à prática do aleitamento materno exclusivo em crianças menores de seis meses de vida no município de Niterói - 2006

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Medina, Candida Leite Pinto
Orientador(a): Fonseca, Maria de Jesus Mendes da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/2287
Resumo: Este trabalho tem por objetivo investigar os fatores associados à prática do aleitamento materno exclusivo (AME) em menores de seis meses no município de Niterói no ano de 2006, bem como comparar as prevalências de AME obtidas nos anos de 2003 e 2006, segundo categorias de idade em meses. Em ambos os inquéritos, entrevistas foram realizadas com os responsáveis dos menores de seis meses durante a Campanha Nacional de Vacinação no município, os quais foram selecionados por meio de amostragem probabilística (2003, n=893; 2006, n=616). Para se estimar a associação entre as variáveis independentes e o desfecho, utilizou-se como medida de associação a razão de prevalência (bruta e ajustada), obtida através da regressão log-binomial. Houve um aumento na prática do AME em 13,4%, entre os anos de 2003 e 2006. Para os menores de seis meses as variáveis que se mostraram associadas ao AME no modelo final foram: idade da criança (RP 0|-2 = 3,52; IC95%=2,51-4,94 e RP 2|-4 = 2,76; IC95% = 1,93-3,93) , multiparidade (RP =1,27; IC 95% =1,07-1,51), não utilização de chupeta (RP = 1,32; IC95% = 1,11-1,58), e o fato de a criança não ter qualquer internação prévia (RP = 1,60; IC95% = 1,02 -2,49). Para os menores de quatro meses, as variáveis foram: idade da criança (RP 0|-2 meses = 1,31; IC95% = 1,1-1,57), o não oferecimento de outros leites no primeiro dia em casa (RP= 2,20; IC 95% = 1,50-3,22), a não utilização de chupeta (RP = 1,23; IC 95% = 1,03-1,46) e a multiparidade (RP = 1,25; IC 95% = 1,05-1,47). Apesar das melhorias observadas na prática do AME no município, ainda estamos muito aquém da recomendação preconizada, a qual prevê que todas as crianças devem receber exclusivamente o leite materno até os seis meses de vida. Logo, devemos investir em capacitação dos profissionais de saúde para que estes possam promover, proteger e apoiar à prática do AME durante o pré-natal, o parto e no acompanhamento mãe-bebê, fornecendo o suporte adequado a todas as mães, em especial àquelas mães que nunca tiveram filhos, desestimulando o uso de chupeta, assim como o uso de outros tipos de leite no retorno ao domicílio após a alta hospitalar.