Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Theonas Gomes |
Orientador(a): |
Marano, Daniele |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49002
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Resumo: |
Os objetivos do presente estudo foram avaliar os fatores associados ao near miss neonatal no Brasil e à prática do aleitamento materno exclusivo na alta e após 45 a 90 dias do parto nesse grupo de crianças. A presente pesquisa faz parte do estudo, de âmbito nacional e de base hospitalar, intitulado "Nascer no Brasil": Inquérito Nacional sobre Parto e Nascimento, conduzida entre fevereiro de 2011 a outubro de 2012, cuja amostra de recém-nascidos se constituiu de 832 casos de near miss neonatal. Para a obtenção dos dados foram aplicados questionários às puérperas, transcritos os dados dos prontuários e realizadas entrevistas telefônicas entre 45 a 90 dias após o parto. Os resultados estão apresentados sob o formato de dois artigos. O primeiro manuscrito analisou, a partir de um modelo hieraquizado, os fatores sociodemográficos, maternos e relativos à organização dos serviços de saúde associados ao near miss neonatal. Verificou-se que o near miss neonatal foi associado às determinadas características maternas (idade maior que 35 anos, parto cesáreo, ser fumante, ter síndrome hipertensiva gestacional, diabetes mellitus pré-gestacional e gestação gemelar) e aos aspectos relacionados à organização dos serviços (inadequação do pré-natal e realização de parto na capital). O segundo artigo investigou a associação de fatores sociodemográficos, perinatais e as práticas hospitalares de incentivo ao aleitamento materno exclusivo em near miss neonatal. Verificou-se que 70,5% dos recém-nascidos tiveram alta em aleitamento exclusivo e apenas 40% continuaram sendo amamentados exclusivamente após 45 a 90 dias do parto. O aleitamento materno exclusivo foi associado à primiparidade, baixa escolaridade, a mãe ter seu recém-nascido no colo na sala de parto e ser amamentado no alojamento conjunto. Assim, o near miss neonatal foi associado às características passíveis de intervenção no pré-natal como o uso habitual de fumo e à prestação de serviços e de cuidados. E ainda, foi verificado que o aleitamento materno exclusivo entre os casos de near miss neonatal foi associado aos fatores sociodemográficos (baixa escolaridade) e perinatais (primiparidade) como também a realização de importantes práticas hospitalares (recém-nascido ficar no colo da mãe na sala de parto e ser amamentado no alojamento conjunto). Portanto, é de extrema importância enfatizar a necessidade de realização do pré-natal para identificar as gestantes que necessitam de atenção mais especializada, com acompanhamento oportuno durante a gravidez, o parto e o pós-parto para a prevenção de condições perinatais que ameaçam a vida. |