Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Santos, Renata Soares da Costa |
Orientador(a): |
Benchimol, Jaime Larry |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/50348
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Resumo: |
Esta tese analisa os espaços hospitalares que serviram à produção de pesquisas feitas no Instituto Oswaldo Cruz em momento de circulação, em âmbito mundial, dos conhecimentos da chamada medicina tropical nas três primeiras décadas do século XX. Foi observado, a partir dos interesses intrínsecos da instituição, que os pesquisadores atuavam em hospitais da capital e do interior do país, em abarracamentos móveis e estiveram à frente da criação de hospitais próprios, entre eles, o Hospital Oswaldo Cruz – atual Instituto Nacional de Infectologia da Fiocruz –, construído à margem dos serviços de assistência médica da cidade em terreno anexo aos laboratórios do Instituto para servir aos seus estudos. As pesquisas médicas realizadas nesses hospitais são interpretadas enquanto importante suporte para a implementação dos projetos políticos e científico daquela instituição, alinhados a um grande debate nacionalista representado por intelectuais que defendiam a associação entre doenças e atraso econômico, responsáveis por cunhar e propagar a urgência de políticas públicas de saúde para acabar com as enfermidades que impediam o crescimento do Brasil. Para percorrer a produção de conhecimentos, o trabalho adota o viés das experiências médicas realizadas com paciente, mapeadas através dos prontuários elaborados por aquela instituição. Às fontes são indagados o modo como foram investigadas e tratadas as doenças, com relevo para o estudo da doença de Chagas, e as particularidades do programa de pesquisa clínica, terapêutica e básica que conformaram protocolos da instituição. Com a discussão sobre os experimentos médicos realizados com humanos nessa rede de espaços hospitalares do IOC, o trabalho explora a trama dos estudos sobre as endemias rurais, e as ditas ‘cosmopolitas’, das trajetórias científicas que se cruzaram e da história institucional que ganhou respaldo e legitimação perante tais estudos. |