Contribuições para o dimensionamento do quantitativo de enfermeiras obstetras e obstetrizes para a atenção ao parto e nascimento de risco habitual no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Massari, Maria Teresa Rossetti
Orientador(a): Gomes, Maria Auxiliadora de Souza Mendes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/26362
Resumo: Embora a atuação de Enfermeiras Obstetras e Obstetrizes na atenção ao parto e nascimento de risco habitual no país ainda seja incipiente em termos numéricos, sua atuação é reconhecida pelo impacto positivo na melhoria dos indicadores obstétricos. Uma das dificuldades hoje enfrentadas, no cenário da Enfermagem Obstétrica e Obstetrícia é a insuficiência de diretrizes que possam subsidiar a formação e inserção dessas profissionais. Mesmo com tantas iniciativas governamentais para ampliação dos cursos de formação e qualificação, ainda existe um número insuficiente de Enfermeiras Obstetras e Obstetrizes atuando no SUS. Buscou-se parâmetros para o dimensionamento dessas profissionais em documentos oficiais e na literatura, no entanto não foram encontrados resultados satisfatórios para que as diferentes instâncias acadêmicas e de gestão em saúde possam definir o quantitativo necessário dessas especialistas. Dessa forma, torna-se difícil programar novas ações, a médio e longo prazo, a fim de atingir a suficiência de profissionais nesse setor tão específico. Este estudo buscou contribuir para a estimativa da necessidade de enfermeiras obstetras e obstetrizes para a atenção ao parto e nascimento de risco habitual no Brasil, segundo região geográfica. Foi realizado um estudo exploratório no campo do planejamento e programação em saúde. Os dados desta pesquisa foram coletados entre junho e novembro de 2016 em quatro etapas, sendo uma para pesquisa documental, uma consulta à especialistas e dois encontros utilizando a Técnica de Grupo Nominal. Se considerarmos o total de partos de 2015, para 2.886.272 partos, com uma taxa de cesariana de 35% e 70% dos partos normais acompanhados por Enfermeiras Obstetras e Obstetrizes, a atenção a 1.313.253 partos exigiriam a atuação de 10.788 Enfermeiras Obstetras e Obstetrizes. Esse número equivale a uma Enfermeira Obstetra e Obstetriz para cada 267 partos/ano. Nessa lógica de escala, considerando que 50% desses partos normais que ocorrem hoje (média de 1.742 partos/dia), seriam necessárias 5.226 Enfermeiras Obstetras e Obstetrizes, uma Enfermeiras Obstetra e Obstetriz para cada 552 partos/ano. Para que 70% dos partos normais que ocorreram em 2015 seja acompanhado por Enfermeira Obstetra e Obstetriz, seriam necessárias 7.320 profissionais, ou seja, uma Enfermeira Obstetra e Obstetriz para cada 394 partos/ano.