Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Botelho, Thalita Vital |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-10012022-224853/
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Resumo: |
Apesar de ser um método anticoncepcional de alta eficácia, o dispositivo intrauterino (DIU) ainda é subutilizado no Brasil. Estudos apontam que a sua disponibilidade é menor nas regiões periféricas, contribuindo para a desigualdade no acesso ao método. Além da baixa oferta do método, estudos relatam que barreiras organizacionais contribuem para a sua subutilização. A falta de profissionais capacitados para a inserção do DIU é um dos exemplos dessas barreiras, tornando-se um dos obstáculos para se atingir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. O panorama apresentado sinaliza a necessidade de se expandir o atendimento em saúde reprodutiva, incorporando outros profissionais de saúde ao aconselhamento e oferta de métodos contraceptivos, incluindo o DIU. Objetivo: Avaliar os desfechos da inserção do DIU de cobre de intervalo por obstetrizes e enfermeiras obstétricas em um Centro de Parto Normal Peri-Hospitalar (CPNp). Método: Estudo do tipo quantitativo transversal. O cenário do estudo foi um CPNp localizado na região sul da cidade de São Paulo. A população de estudo contemplou mulheres que tiveram o DIU de cobre inserido por obstetrizes e enfermeiras obstétricas da instituição. Os critérios de inclusão foram ter 18 anos de idade ou mais no momento da entrevista telefônica, ter retornado ao serviço para a consulta de follow-up e estar usando o DIU de cobre por, no mínimo, seis meses. A coleta de dados foi realizada a partir de prontuários e contato telefônico. Os desfechos analisados foram a taxa de perfuração uterina, taxa de expulsão do DIU com 30 a 45 dias e no primeiro ano de uso, taxa de remoção do DIU no retorno, nível de dor durante a inserção, interrupção do uso e grau de satisfação com o método. Os dados foram analisados no Stata® 15.0. Resultados: Dentre as 75 inserções de DIU, não houve nenhuma perfuração uterina; 1,3% dos DIU foram expulsos com 30 a 45 dias de uso e 5,3% no primeiro ano de uso; a taxa de necessidade de remoção no retorno foi de 4,0%; e o score médio de dor foi 4,2 (dp= 3,3). Dentre aquelas que ainda usavam o DIU no momento da entrevista, 93,1% se consideraram satisfeitas com o método. Conclusão: A inserção de DIU por enfermeiras obstétricas e obstetrizes mostrou ser eficaz, com desfechos similares aos observados em outros estudos em que o profissional médico foi o responsável pelas inserções. |