Divulgação científica e gênero: o olhar de jovens mulheres para a temática mulheres nas ciências em vlogs

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Fontanetto, Renata Maria Borges
Orientador(a): Ramalho, Marina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/50592
Resumo: Este estudo tem como objetivo analisar como vídeos de divulgação científica no YouTube estimulam o debate sobre o tema mulheres nas ciências entre jovens de ensino médio de escolas públicas. Utilizamos um formulário on-line para coletar dados sociodemográficos das jovens participantes, bem como o uso que elas fazem de algumas redes sociais. Depois, realizamos três grupos focais pelo WhatsApp para perceber como as jovens atribuíam sentido aos materiais de estímulo, retirados de dois vídeos do selo nacional ScienceVlogs Brasil (SVBr). O SVBr reúne, atualmente, 60 canais de divulgadores científicos, mas apenas quatro são inteiramente comandados por mulheres. Para fundamentar o estudo, trouxemos aportes teóricos da divulgação científica, estudos de gênero e estudos de recepção. Nossos dados contribuem para o horizonte das pesquisas de divulgação científica em interseção com a internet, apontando para a realidade que as novas mídias impõem. Os dados indicam que os vídeos conseguiram estimular debates sobre mercado de trabalho para mulheres, representatividade feminina, dificuldades e obstáculos na sociedade, sexismo, racismo, entre outros temas. A divulgação científica no YouTube e os canais do SVBr parecem não fazer parte do dia a dia das jovens, mas nossos dados não nos permitem afirmar em que medida elas consomem divulgação científica na plataforma. As jovens trouxeram experiências do dia a dia, citaram vídeos do YouTube, podcasts, novela e filmes, o que demonstra que elas se utilizaram de um vasto repertório cultural para atribuir sentido aos vídeos. As universidades públicas foram citadas e se mostraram importantes para conhecer opções de carreira. No geral, elas querem cursar áreas nos campos das Ciências da Saúde, Ciências Biológicas, Ciências Sociais Aplicadas e Ciências Humanas que, historicamente, recebem mais mulheres. Nossas experiências com grupos focais pelo WhatsApp também podem ajudar futuros pesquisadores que queiram aplicar essa técnica metodológica.