Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Avohanne Isabelle Costa de |
Orientador(a): |
Benchimol, Jaime Larry |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/53541
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Resumo: |
Esta tese tem como objetivo analisar as doenças carenciais que surgiram nos sertões do Rio Grande do Norte, entre 1877 a 1935, em períodos de seca. Para dar cabo deste objetivo é preciso entender a situação social, a estrutura agrária e as atividades econômicas desenvolvidas nos sertões. Problematizar a atuação dos engenheiros da Inspetoria de Obras Contra as Secas – IOCS que participaram da construção de açudes e poços para desenvolver a agricultura. Investigar a base alimentar da população sertaneja, o acesso ou não aos gêneros alimentícios e as medidas tomadas pelo Estado mediante os socorros públicos. Analisar as doenças ocasionadas pelas deficiências nutricionais, assim como as ações que eram apontadas como necessárias para enfrentar os problemas de ordem nutricional. Através dos relatórios governamentais e dos engenheiros, das atas das câmaras municipais, cartas dos médicos do Instituto Oswaldo Cruz, estudos sobre alimentação divulgados na revista Brazil Médico, jornais, registros de óbitos e livros de memorialistas dos sertões potiguares, entendemos a dimensão social por trás das doenças investigadas ao averiguarmos as condições de vida e saúde dos retirantes que migravam à procura de alimentos e água e o papel do Estado perante as políticas de calamidade que envolviam, principalmente, a seca, a fome e as doenças em fins do século XIX e nas três primeiras décadas do século XX. Portanto, ao dar ênfase às doenças carenciais, não queremos reiterar a imagem de miséria dessa população, mas sim, problematizar o fato de que as doenças ocasionadas pela falta de alimentos são fruto das relações desiguais entre as oligarquias que detinham a maior parte das terras e a população que trabalhava nessas propriedades |