Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Brito, Beatriz Malheiros |
Orientador(a): |
Deslandes, Suely Ferreira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55412
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Resumo: |
Esta dissertação tem por objetivo analisar as narrativas de experiência de pré-parto e parto de mulheres de diferentes gerações, levando em conta a interseccionalidade para situar o papel da violência obstétrica nessas narrativas. Através de um estudo narrativo, entrevistamos virtualmente 11 mulheres pertencentes a quatro famílias, em 3 gerações, com atravessamento de raça/cor e classe. Nesse sentido, os dados foram analisados numa perspectiva narrativa a partir de uma síntese dos principais pilares teóricos da proposta de Schütze, apresentada por Jovchelovitch e Bauer (2002), articulando-a às discussões teóricas relevantes para o tema da violência obstétrica nesse contexto. Apesar de particular em cada geração, a violência aparece em cada uma delas, sendo permanente a centralidade do conhecimento médico bem como uma opacidade da participação da mulher estruturando condições que viabilizam as violações. O acontecimento da violência obstétrica dialoga diretamente com diversas violências interseccionais ainda que em grande parte naturalizada nas narrativas, como “o caminho a se percorrer”. A questão geracional traz diversos contextos socioeconômicos, políticos, bem como de hábitos e tradições acerca do tema do gestar e parir, o que confere uma não-linearidade às histórias e ao cuidado no parto, sendo marcante a noção de “sorte” para contar com uma assistência condizente às suas expectativas. |