Caracterização imunofenotípica da fração mononuclear da medula óssea de pacientes com cardiomiopatia chagásica crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Muccillo, Fabiana Bergamin
Orientador(a): Carvalho, Antonio Carlos Campos de, Costa, Patrícia Cristina dos Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/9242
Resumo: As cardiopatias crônicas estão nos primeiros lugares da lista de doenças com elevado índice de morbimortalidade mundial. Dentre elas, a doença de Chagas, considerada negligenciada pela Organização Mundial de Saúde, integra esse grupo, e afeta, aproximadamente, nove milhões de brasileiros, sendo que entre esses, 30% poderão desenvolver algum grau de comprometimento cardíaco durante a fase crônica da doença. O acometimento cardíaco da doença é caracterizado por uma resposta inflamatória exacerbada que leva à destruição progressiva do miocárdio, resultando em insuficiência cardíaca congestiva (ICC). O único tratamento disponível para pacientes, nesse estágio da doença, seria o transplante cardíaco, com todas as suas complicações clínicas e sócio-econômicas. Nesse contexto, surge a terapia celular como alternativa terapêutica. Estudos na Bahia comprovaram segurança no uso da terapia celular em cardiopatas chagásicos. A partir deles, iniciou-se, no Brasil, o Estudo Multicêntrico Randomizado de Terapia Celular em Cardiopatias (EMRTCC), com o objetivo de verificar a eficácia do tratamento com células mononucleares de medula óssea (CMMO) na cardiopatia chagásica e em mais três outras cardiopatias Diversos estudos com CMMO de pacientes com cardiopatia isquemia crônica e aguda demonstraram diferenças expressivas em parâmetros importantes quando comparados a CMMO de indivíduos normais, tais como: a capacidade de migração e de formação de colônias após implante. O nosso trabalho analisou a fração mononuclear das CMMO extraídas dos pacientes portadores da doença de Chagas crônica para o EMRTCC no Instituto Nacional de Cardiologia (INC), visando caracterizar fenotipicamente as linhagens celulares da mesma. Averiguamos o percentual de células precursoras e o perfil leucocitário dessa fração, através da imunofenotípagem por citometria de fluxo. A fim de comparação, utilizamos amostras da mesma fração extraída de medulas de doadores normais e pacientes do EMRTCC com cardiopatia isquêmica crônica. Concluímos que pacientes com doença de Chagas submetidos à terapia celular apresentam um perfil hematopoiético com produção de todas as linhagens constitutivas da medula óssea, além de apresentarem atividades funcionais de caráter imunológico, tanto de resposta inata, quanto adaptativa, esperadas em pacientes acometidos pela cardiopatia chagásica crônica