Associação entre arritmogenicidade ventricular e dispersão mecânica miocárdica na cardiomiopatia chagásica
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - Infectologia e Medicina Tropical UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/36621 |
Resumo: | A cardiopatia chagásica crônica (CCC) é a mais arritmogênica das cardiopatias conhecidas, podendo dar origem a arritmias complexas. É também considerada como a mais fibrosante dentre as miocardites conhecidas. Dentre os prováveis fatores patogenéticos das arritmias na CCC encontram-se a fibrose miocárdica e os circuitos de reentrada. Sabe-se que quanto mais frequente e complexa a arritmia, pior o prognóstico. A gravidade das arritmias ventriculares nem sempre se associa com o grau de disfunção do ventrículo esquerdo na CCC. O strain ecocardiográfico, pela técnica do speckle tracking, permite uma análise mais precisa da função miocárdica. A dispersão mecânica (DM) miocárdica pelo strain é uma medida sensível da heterogeneidade da contração ventricular e, em estudos recentes, têm-se evidenciado que ela prediz arritmias ventriculares em pacientes com cardiomiopatia dilatada idiopática e após infarto do miocárdio. Existem poucos estudos na literatura relacionando a DM e a fibrose miocárdica e a DM ainda é pouco estudada em pacientes com cardiomiopatia chagásica. Assim, o objetivo deste trabalho foi verificar se existe associação entre a arritmogenicidade ventricular e a DM miocárdica na cardiomiopatia chagásica. Métodos: Trata-se de estudo transversal, observacional, realizado entre março de 2016 a agosto de 2017, sendo selecionados 77 pacientes com cardiomiopatia chagásica. Realizou-se eletrocardiografia dinâmica para avaliação da frequência e complexidade das extrassístoles ventriculares (ESV) e ecocardiograma convencional para medidas e avaliação das funções ventriculares sistólica e diastólica. As imagens foram arquivadas no software Echopac para obtenção das medidas do strain longitudinal global (SLG). Posteriormente, foi medida a DM miocárdica, definida como o desvio padrão do tempo de início da onda Q/R até sua deformação máxima em 16 segmentos. Resultados: A DM apresentou associação com maior número de ESV (p < 0,040), ESV em pares (p < 0,013) e taquicardia ventricular não sustentada - TVNS (p < 0,014). Na regressão logística, a DM foi a única variável associada com a presença de ESV em pares e bigeminismo. Na análise univariada, tanto a DM quanto o SLG associaram-se com a presença de TVNS (ambos, p < 0,01), sendo que a DM se associou independentemente com TVNS (OR 1,04; IC 95%: 1,004 – 1,201, p = 0,031). Conclusão: Na cardiomiopatia chagásica, a DM associa-se com maior frequência e complexidade da extrassistolia ventricular, incluindo TVNS. |