Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Lacerda, Larisse de Souza Barbosa |
Orientador(a): |
Fonseca, Cristina Toscano |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48367
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Resumo: |
A vitamina D (vit.D), compreendida como um hormônio, é responsável pelos mecanismos de absorção do cálcio e fósforo, bem como desencadeia diversos eventos genomicos e não genomicos no organismo mediados por seus receptores VDRs presentes em uma ampla variedade de tecidos corporais como cérebro, coração, pele, intestino, gônadas, ossos, rins, paratireoides e células imunológicas, sendo essa última de interesse em nosso estudo. A vit.D apresenta importante papel imunoregulatório sobre linfócitos T e células APC, e sobre a diferenciação de células CD4+, promovendo uma alteração no perfil de resposta de Th1 para Th2, auxiliando no enfrentamento a determinados patógenos, bem como modulando o limiar de dano tissular potencial relacionado à resposta Th1. Além disso, participa da regulação da diferenciação das células precursoras em células mais especializadas no sistema monocítico-macrofágico. Estudos epidemiológicos evidenciam uma generalizada deficiência e insuficiência dessa vitamina em diversas regiões do mundo, especialmente na Ásia, África e América Latina o que pode predispor esses indivíduos a diversas doenças. Os continentes em destaque para hipovitaminose D apresentam também doenças relevantes de saúde pública, como é o caso da esquistossomose que afeta aproximadamente 240 milhões de pessoas ao ano, em 54 países, sendo o Brasil uma das regiões acometidas. O Praziquantel (PZQ), única droga disponível para o tratamento, não apresenta efeito contra formas jovens do parasito e possui eficácia reduzida em determinados grupos, pois depende da resposta imunológica do indivíduo para sua eficácia. Portanto, buscamos nesse trabalho compreender e avaliar o impacto da suplementação de 10.000UI de vit.D na esquistossomose e na eficácia do tratamento com subdoses de praziquantel. Estabelecemos um protocolo de suplementação de vitamina D que promoveu alterações séricas de seu metabolito ativo. Avaliamos o impacto dessa suplementação sobre o desenvolvimento e sobrevivência do S. mansoni, sobre níveis séricos de citocinas, anticorpos e na patologia hepática induzida pela infecção experimental e na eficácia do tratamento com doses subcurativas de Praziquantel. Nossos resultados mostraram que a suplementação com vitamina D não alterou a carga parasitaria, antes e após o tratamento, não afetou os níveis séricos das citocinas TNF- α, IL-4, IL-2 e imunoglobulinas IgG, IgG1. Porém, encontramos diferenças significativas nos níveis séricos das citocinas IL- 10, IL-17, IFN- e IL-6 e de IgG2c anti-SWAP e observamos um redução significativa na área do granuloma hepático, em animais suplementados em relação aos controles. Nossos resultados evidenciaram a ação da vitamina D sobre a resposta imunológica específica contra o parasito e seu possível impacto sobre a patologia hepática. Estudos ainda são necessários para melhor compreensão desses eventos. |