Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Lima, Marília Guedes |
Orientador(a): |
Riccio, Lilian Rose Pratt |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60997
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Resumo: |
A malária permanece um fardo tremendo para a saúde pública mundial, causando 627.000 mortes e gerando morbidade em mais de 241 milhões de indivíduos. Em humanos, a doença é causada por sete espécies de protozoários do gênero Plasmodium, sendo o P. falciparum a espécie responsável pelos casos graves e mortalidade. A infecção por essa espécie é preocupante no Brasil, principalmente após a descrição de isolados com susceptibilidade reduzida a derivados de artemisinina no Suriname e Guiana Francesa, alertando para o risco de surgimento e introdução de resistência a antimaláricos no Brasil. Nesse contexto, o desenvolvimento de uma vacina tem sido uma das principais estratégias para enfrentar esse problema. As Proteínas de Superfície do Merozoíto de Ligação ao Duffy 1 e 2 (MSPDBL-1 e a MSPDBL-2) são duas proteínas que se ligam diretamente a Proteína da Superfície do Merozoíto 1 (MSP-1) do parasito, formando um complexo na superfície do eritrócito através do seu Domínio de Ligação ao Duffy (DBL) facilitando a invasão do P. falciparum no eritrócito. Estudos mostraram que anticorpos contra MSPDBL-1 e MSPDBL-2 são capazes de inibir o crescimento do P. falciparum in vitro e estão associados com proteção contra a malária clínica, sugerindo um importante papel na imunidade antimalárica. No presente trabalho, nos propomos a avaliar o perfil da resposta imune humoral contra as proteínas MSPDBL-1 e MSPDBL-2 de P. falciparum e identificar e validar os epítopos imunodominantes dessas proteínas em indivíduos naturalmente expostos a malária, residentes em áreas endêmicas do Acre e Amazonas. Nosso trabalho foi realizado em Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima, no Estado do Acre, Guajará, no Estado do Amazonas, Amazônia Brasileira. A pesquisa de anticorpos específicos para as proteínas foi realizada pela técnica de ELISA utilizando proteínas recombinantes correspondentes a região DBL de MSPDBL-1 e MSPDBL-2. Os epítopos lineares de células B foram identificados utilizando o software BcPreds e validados por ELISA, utilizando peptídeos sintéticos correspondentes aos epítopos identificados. Nossos dados mostraram que as proteínas MSPDBL-1 e MSPDBL-2 são amplamente reconhecidas por anticorpos naturalmente adquiridos em indivíduos residentes nas áreas estudadas e que esses anticorpos são principalmente citofílicos (IgG1 e IgG3), fato importante considerando que a aquisição de uma imunidade protetora está associada aos níveis de IgG1 e IgG3. A análise de predição identificou 3 epítopos de células B na região DBL da MSPDBL-1 (P1, P2 e P3) e 6 epítopos na região DBL da MSPDBL-2 (P4, P5, P6, P7, P8 e P9). A grande maioria dos indivíduos apresentou anticorpos que reconheciam pelo menos um dos epítopos identificados na predição. Os epítopos imunodominantes foram P3 da MSPDBL-1 e P4 e P5 da MSPDBL-2. Em conjunto, nossos dados indicam que MSPDBL-1 e MSPDBL-2 podem ser alvos de uma imunidade naturalmente adquirida. |