Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Guimarães, Vanessa Cristina Fitipaldi Veloso |
Orientador(a): |
Brandão Filho, Sinval Pinto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/15849
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Resumo: |
Leishmania (Leishmania) infantum é o agente etiológico da leishmaniose visceral (LV) mais disseminado no mundo, com taxas de mortalidade significativas em casos humanos. Na América Latina, este parasito é transmitido principalmente por Lutzomyia longipalpis, entretanto, o papel de Lutzomyia migonei como um potencial vetor deste protozoário tem sido discutido. Investigações laboratoriais e de campo têm contribuído para esta hipótese, no entanto, a prova da competência vetorial de L. migonei ainda não foi fornecida. Neste estudo, foi avaliada pela primeira vez a susceptibilidade de L. migonei para duas cepas de L. (L.) infantum e realizada a comparação com o desenvolvimento em L. longipalpis. A colônia de L. migonei foi estabelecida na Faculdade de Ciências da Charles University em Praga, República Theca de espécimes capturados no município de Baturité, estado do Ceará. As fêmeas foram alimentadas através de uma membrana de pele de pinto com sangue de coelho contendo promastigotas de L. (L.) infantum, dissecadas no 1°, 5° e 8° dias pós-infecção (PI) e verificadas microscopicamente quanto a presença, intensidade e localização de infecções por Leishmania. Adicionalmente, a análise morfométrica de L. (L.) infantum foi realizada. Altas taxas de infecção de ambas as cepas avaliadas foram observadas em L. migonei, com a colonização da válvula do estomodeu já no dia 5° PI. Na infecção em estágio final (8° dia PI), a maioria das fêmeas de L. migonei tiveram a região da cárdia e a válvula do estomodeu colonizadas por um elevado número de parasitos, e não foram observadas diferenças significativas em relação ao desenvolvimento de L. longipalpis. Formas metacíclicas foram encontradas em todas as combinações vetor-parasito desde o 5° dia PI. Os dados demonstram que L. migonei é altamente susceptível ao desenvolvimento de L. (L.) infantum. Estes resultados juntamente com a antropofilia da espécie, abundância em focos da (LV) e a infecção natural por L. (L.) infantum, constitui uma prova importante que L. migonei é outro vetor do parasito na América Latina. |