Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Silva, Thaís Lemos da |
Orientador(a): |
Traub Cseko, Yara Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23792
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Resumo: |
As leishmanioses são causadas por protozoários do gênero Leishmania e sua transmissão ocorre através da picada de fêmeas de flebotomíneos principalmente dos gêneros Phlebotomus no Velho Mundo, e Lutzomyia no Novo Mundo. Lutzomyia longipalpis é o principal vetor da leishmaniose visceral causada por Leishmania infantum chagasi nas Américas. As Leishmanias são organismos digenéticos, com um ciclo de desenvolvimento em hospedeiros vertebrado e invertebrado. Apesar de alguns trabalhos descreverem moléculas de Leishmania que participam da interação com o inseto vetor, pouco se sabe sobre os genes do parasita expressos dentro do tubo digestivo do inseto. Nosso objetivo foi caracterizar genes expressos por L. i. chagasi durante a infecção em L. longipalpis. Neste sentido, investigamos genes do parasita que são potencialmente importantes para sobrevivência e estabelecimento da infecção no inseto. Para avaliar a expressão dos genes de interesse utilizamos amostras de insetos coletados em diversos horários subsequentes à infecção artificial e parasitas em fases de crescimento exponencial e estacionário do parasita crescido em meio de cultura. Através de PCR quantitativo obtivemos resultados de expressão de alguns genes envolvidos com: interação com o tubo digestivo do inseto como os genes codificantes para proteína flagelar FLAG1/SMP1 e quitinase; diferenciação e proliferação do parasita, como genes de transportadores de glicose (GTs), poliubiquitina, proteína pequena hidrofílica associada ao retículo endoplasmático (SHERP), proteína de membrana dos kinetoplastídeos-11 (KMP-11), xantina fosforribosiltransferase (XPRT), aminoácido permease 3 (AAP3) e peroxirredoxina; e modulação da resposta imune do hospedeiro vertebrado, como os genes de caseína cinase 1 (CK1), fator de elongação1-alfa (EF1-alfa) e glicoproteína 63 (GP63) Uma hora pós-infecção a L. i. chagasi expressa abundantemente FLAG1/SMP1, GTs, AAP3 e GP63; em 6h apenas EF1-alfa tem expressão aumentada; 72h pós-infecção, os genes GTs, SHERP, AAP3 e EF1- alfa são mais expressos; em 144h há aumento da expressão de poliubiquitina, SHERP, GP63 e do receptor de LDL (LDL-R); em 168h observamos o aumento da expressão de EF1-alfa e diminuição de XPRT. Além disso, investigamos o papel da microbiota do inseto na expressão dos genes do parasita. Com intuito de reduzir ou eliminar a microbiota, insetos foram infectados e tratados com antibiótico. Resultados preliminares mostram modulação principalmente de genes envolvidos com diferenciação, metabolismo de açúcar e aminoácidos. Avaliamos também o papel do LDL-R na infecção do inseto utilizando parasitas transfectadas que superexpressam o gene e observamos que não houve diferença. Nossos dados revelam interessantes aspectos da adaptação do parasita ao microambiente do intestino e preparação para infecção no hospedeiro vertebrado ainda dentro do inseto |