Efeito do tratamento em massa com dietilcarbamazina na microfilaremia, antigenemia e anticorpos antifilariais em uma área endêmica do município de Olinda - PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Pereira, Jennifer Sabrina Ferreira da Silva
Orientador(a): Braga, Maria Cynthia, Rocha, Abraham Cezar de Brito
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/14531
Resumo: Este trabalho analisou o efeito do tratamento em massa com doses únicas anuais de Dietilcarbamazina (DEC), no período de 2007 a 2012, em indivíduos infectados por Wuchereria bancrofti, residentes em Olinda - PE. Para essa análise foram utilizadas as técnicas de filtração em membrana, na detecção da microfilaremia, o teste do cartão ICT e o Og4C3-ELISA, na detecção do antígeno circulante filarial, e o teste BM14 na avaliação dos níveis de anticorpos antifilariais. Os resultados obtidos indicam redução nas características avaliadas: após a quarta dose de DEC, a microfilaremia reduziu 100 por cento e a antigenemia pelo cartão ICT atingiu 78,1 por cento de redução após a quinta dose. A mediana do Og4C3 caiu significativamente de 7117 ua, para 1715 ua após a terceira dose, último ano que o teste foi realizado. Observou-se curva de redução também nos níveis de Bm14, com mediana da densidade ótica caindo de 2,1 para 0,1 após a quinta dose. A diminuição nas taxas das características estudadas indica que o tempo preconizado pela Organização Mundial de Saúde para a eliminação da transmissão da FL na área é suficiente para a negativação das microfilárias. Os resultados desse estudo mostram a elevada eficácia do esquema terapêutico utilizado no clareamento da microfilaremia e tratamento dos infectados, e sugerem que a utilização desse esquema na população possivelmente tenha levado a interrupção da transmissão na área. Sugere-se que haja um acompanhamento maior que cinco anos da população submetida ao tratamento para uma melhor avaliação dos níveis de anticorpos e de antigenemia filarial circulante