Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Miranda, Janaina Campos de |
Orientador(a): |
Furtado, André Freire |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4523
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Resumo: |
A filariose linfática bancroftiana é uma doença parasitária humana de grande complexidade em sua dinâmica de infecção, necessitando ainda de maiores esclarecimentos, principalmente, em aspectos relacionados à tolerância e imunopatologia. A existência da imunidade protetora em comunidades endêmicas de filariose permanece como objeto de intenso debate e o grupo denominado “endêmicos normais”, tem sido alvo de interesse para elucidar muitas questões referentes à imunologia da doença. O presente trabalho tem como objetivo verificar através de um estudo do tipo caso-controle, as diferenças entre portadores e não portadores de filariose linfática bancroftiana pelo reconhecimento humoral de bandas protéicas de extrato secretório-excretório de larvas infectantes de Wuchereria bancrofti. Os quatro setores censitários de Olinda-PE, com maior prevalência de filariose, foram escolhidos como área de estudo. Consideramos “grupo controle” portadores da filariose bancroftiana e “grupo de casos” os de endêmicos normais. O extrato antigênico foi obtido por incubação de larvas infectantes em meio Hanks por 72h em 5% de CO2. As bandas protéicas foram separadas por eletroforese (SDS-PAGE) e por western-blot, transferidas e incubadas com os soros humanos. Foram considerados portadores da doença os positivos pela técnica da gota espessa ou filtração e endêmicos normais os residentes de área endêmica negativos pelo teste de detecção parasitária e captura de antígenos (Og4C3). Participaram do estudo 325 indivíduos, 130 considerados endêmicos normais e 195 portadores de filariose bancroftiana. As bandas protéicas da composição do extrato de L3 foram as de 200, 175, 138, 105, 100, 76, 55, 49, 42, 39, 38, 32, 28, 14 kDa. Na comparação do reconhecimento das proteínas entre os grupos estudados, apenas as proteínas 175 e 105 kDa não diferiram significativamente, os portadores de filariose bancroftiana não reconheceram a proteína 175 e no grupo de endêmicos normais apenas um soro foi reconhecido (0,8%). Em todas as outras, os níveis de reconhecimento dos indivíduos endêmicos normais foram superiores aos dos portadores de filariose bancroftiana. Nas proteínas de 49, 55, 100 e 200 kDa o índice foi superior a 50%. No grupo de portadores de filariose bancroftiana, das 14 bandas, 9 (64,3%) tiveram reconhecimento menor que 10%. As que apresentaram maior percentual de reconhecimento, em ambos os grupos, foram as bandas de 49 e 55 kDa. Na proteína de 200 kDa foi percebida uma grande diferença entre os grupos, pois 52,3% dos endêmicos normais a reconhecem contra apenas 4,1% dos portadores de filariose bancroftiana. Incluindo as variáveis independentes como sexo e faixa etária, no programa de regressão logística, foram excluídas do modelo as proteínas de 175, 105, 49, 100 e 39 kDa sendo as demais consideradas significantes na diferença do reconhecimento humoral dos grupos estuda’1dos. A identificação desse grupo de proteínas respondedoras em endêmicos normais deve nortear novas pesquisas para o estudo bioquímico desses compostos e sua relação com a imunidade protetora em filariose linfática bancroftiana. |