Sob o signo da distinção: formação e atuação da elite médica cearense (1913-1948)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Gadelha, Georgina da Silva
Orientador(a): Ferreira, Luiz Otávio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/17786
Resumo: A pesquisa intitulada Sob o signo da distinção: formação e atuação da elite médica cearense (1913-1948) analisa as estratégias e práticas (sociais, políticas e econômicas) empreendidas por um restrito grupo de profissionais da saúde, médicos, farmacêuticos e dentistas, inseridos na primeira instituição associativa médica do Ceará: o Centro Médico Cearense (CMC), criado em 1913, para a consolidação e expansão do campo profissional da medicina acadêmica. O recorte temporal (1913-1948) está relacionado às duas primeiras fases da trajetória do CMC, que corresponderam, respectivamente, de sua criação à saída dos farmacêuticos e dentistas do CMC (1913-1932) e do seu desenvolvimento institucional, vinculado, sobretudo aos problemas locais de saúde, à fundação da Faculdade de Medicina do Ceará (1932-1948). O CMC foi o embrião das entidades ligadas à saúde, ao ensino, à assistência e à organização profissional da medicina no Ceará. Sua originalidade reside em alguns fatores: não se registrou hierarquização profissional interna entre seus membros; seu campo de atuação compreendeu ações de cunho assistencial e filantrópico, sobretudo na área materno-infantil, e também atividades próprias de associações profissionais e acadêmicas. Os membros do CMC são denominados de elite médica porque restringiram a si o monopólio do discurso sobre a saúde coletiva e oficializaram sua representação enquanto profissionais habilitados à orientação do bem-estar referente à doença e à saúde coletiva sobre a sociedade e seus pares. Portavam ainda elementos típicos das elites brasileiras: formação intelectual, origem social e familiar. Tais elementos que permitiram aos membros do CMC o diálogo constante com outros grupos que detinham o poder e/ou influência de decisão.