Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Jônia Franco de |
Orientador(a): |
Martins, Mônica |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5196
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Resumo: |
O controle do Dengue tem sido um desafio para os serviços de saúde dos países que convivem com o Aedes aegypti em condições favoráveis para a eclosão de epidemias. Municípios do Estado do Rio de Janeiro apresentam cenário epidemiológico com condições potenciais para a ocorrência de formas graves: manutenção ativa da transmissão da doença, verificando-se períodos de maior intensidade relacionados com a introdução de novos sorotipos virais, e contingente populacional de susceptíveis habitando espaços com diversidade social, econômica e ambiental. A transmissão exacerbada da doença é facilitada, também, pela ineficiência do poder público na gestão de uma agenda estratégica para o controle das epidemias e vigilância ativa sobre a doença. O objetivo do estudo foi analisar e comparar casos graves de Dengue no Sistema de Agravos de Notificação (SINAN) e no Sistema de Internação Hospitalar (SIH) e dos óbitos por Dengue Clássico ou Febre Hemorrágica do Dengue (FHD) no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) ocorridos no município do Rio de Janeiro, de 2001 a 2003. Metodologia: Estudo retrospectivo circunscrito às notificações, internações e óbitos ocorridos no município do Rio de Janeiro. Critérios foram estabelecidos para classificar os casos como formas graves incluindo os codificados como FHD. A análise contemplou i) a descrição das características clínicas, epidemiológicas e laboratoriais registradas verificando completitude e a consistência ii) comparação da freqüência dos registros comuns aos três sistemas após a unificação dos registros por meio do aplicativo Reclink II. Resultados: Foram notificados 944 casos de FHD, ocorreram 93 óbitos e 2 156 internações por Dengue. As formas graves preponderaram em maiores de 15 anos. As manifestações clínicas variaram de quadro infeccioso com manifestações hemorrágicas espontâneas, extravasamento de plasma e quadros graves com Síndrome do Choque do Dengue. Resultados de isolamento viral identificaram a circulação de três sorotipos virais. Os óbitos, à exceção de 2, ocorreram em hospitais e estabelecimentos de saúde. O período de internação mais freqüente foi até 5 dias e o resultado foi a alta hospitalar. Os óbitos registrados no SINAN e SIH foram muito inferiores aos do SIM. Conclusões: De 2001 a 2003, ocorreram 3 193 formas graves de Dengue no município do Rio de Janeiro e a maior freqüência foi em 2002 com 76% das notificações de FHD, 89% dos óbitos e 84% das internações do período. Doenças crônicas constaram como condições significativas para o óbito, entretanto, diagnósticos para causas antecedentes da categoria das doenças mal definidas apontam para a falta de clareza no preenchimento das Declarações de Óbito. Campos de dados em branco; datas com formatos diferentes; data de nascimento com diferenças de dias ou anos para o mesmo registro; grafias diferentes para nomes e duplicidade de registros impõem limites para utilização e unificação das bases de dados e apontam para a falta de padronização das rotinas e de análise crítica dos dados do SINAN e SIH. O uso complementar das informações disponíveis nos sistemas nacionais requer esforço no sentido de facilitar a unificação das bases e de garantir a qualidade das informações. |