Epidemia de dengue no Recife em 2002 : análise dos casos de óbitos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Montenegro, Demetrius
Orientador(a): Ramos Lacerda de Melo, Heloísa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7291
Resumo: Até os meados da década de 50 a dengue era considerada doença benigna, quando nas Filipinas (1953), surgiu o primeiro surto de dengue hemorrágica. Vinte e oito anos mais tarde aconteceu a primeira grande epidemia de FHD nas Américas (Cuba 1981). Desde o início da década de 80 o Brasil vem registrando circulação simultânea de diferentes sorotipos de vírus da dengue, principalmente os sorotipos Den-1 e Den-2. Em 2001 foi isolado o vírus Den-3, no Estado do Rio de Janeiro e em 2002, o Brasil estava enfrentando uma explosão de casos de dengue e de FHD. Nesse ano, na cidade do Recife foram notificados 35.597 casos de dengue, dos quais 208 casos foram de FHD e 14 evoluíram para o óbito. A maioria dos óbitos ocorreu entre homens, com idade superior a 20 anos, procedente do Distrito Sanitário VI e assistidos nos hospitais privados. As manifestações clínicas gerais mais freqüentes foram a febre e a desidratação, seguidas de mialgia, náuseas e vômitos. A hepatite, com níveis elevados de transaminases, ocorreu na maioria dos pacientes, que geralmente encontravam-se anictéricos. Dez pacientes (71%) tiveram algum tipo de manifestação hemorrágica, principalmente hemorragia digestiva, epistaxe e hemorragia pulmonar. Os valores médios do hematócrito e da contagem de plaquetas foram 40,7% e 56.313 p/mm3, respectivamente. Dos quatorze casos analisados, 11 tiveram a confirmação laboratorial da infecção pelo vírus da dengue. Em oito casos o óbito decorreu de fenômenos hemorrágicos, entretanto, nos outros 6 casos não foram identificados sangramentos significativos