Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Moliterno, Felipe Machado |
Orientador(a): |
Lemos, Elba Regina Sampaio de,
Lamas, Cristiane da Cruz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/3831
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Resumo: |
Objetivos: Descrever os dados epidemiológicos, clínicos e laboratoriais dos casos confirmados e compatíveis de Febre Maculosa Brasileira (FMB), no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2008, no Estado do Rio de Janeiro. Material e métodos: O desenho do estudo foi do tipo relato de série de casos, individuado, retrospectivo, observacional e seccional baseado na coleta de dados secundários dos casos suspeitos de FMB no Estado do Rio de Janeiro no período de 2004 a 2008. Os dados alimentados em planilhas Excel Microsoft Office XP foram analisados como freqüências e tabelas. Os dados foram expressos, para variáveis qualitativas e quantitativas, como freqüências absolutas e como média mais ou menos (±) desvio padrão, respectivamente. Gráficos foram elaborados como histogramas de freqüências absolutas ou percentuais. O teste do Chi-quadrado, com correção de Yates e de Fisher foi aplicado para comparação de freqüências de exposição a diferentes variáveis nos pacientes. Resultados: Dos 850 casos suspeitos de FMB no estado do Rio de Janeiro (RJ) no período de 2004 a 2008, 28 casos foram confirmados e 29 compatíveis. Foi comprovada em 14 municípios. Ocorreram 20 óbitos, 18 de casos confirmados e 02 de compatíveis. A ocorrência de FMB foi maior no sexo masculino (61%), com faixa etária média de 27 anos, com maior freqüência em adultos (46,4%), seguido das crianças com 28,6%, adolescentes com 17,8% e idosos com 7,2%. Os casos confirmados se apresentaram de duas formas: surtos e casos esporádicos. Dois surtos, Itaipava em setembro de 2005 e Resende em maio de 2006, foram identificados. As manifestações clínicas descritas nos casos confirmados foram: febre, em 26 casos (100%) cefaléia, em 19 (73%); mialgia, em 20 (76%); exantema, em 17 (65%); petéquias, em 15 (57%); manifestações hemorrágicas, em 9 (34%); choque, em 11 (42%); coma, em 12 (46%); dor abdominal, em 14 (50%); e convulsão, em 10 (38%). A história de contato com o carrapato foi avaliada em apenas 10 (50%) dos 20 casos fatais. Destes, 9 (90%) tinham contato confirmado. A letalidade dentre os casos confirmados (18/28, 64%) foi significativamente superior a de casos compatíveis (2/29, 7%), com p < 0,001 e OR = 24,3 (IC 4,2-185,6). Cloranfenicol demonstrou efeito protetor (OR 0,14, IC 0,02 -1,0, p<0,05). Conclusão: A FMB apresentou ampla distribuição geográfica no Estado do Rio de Janeiro. As manifestações clínicas mais prevalentes foram concordantes com a literatura e a clínica inespecífica dificultou o diagnóstico com outras doenças febris. Seis casos foram associados à medicina do viajante. Considerando o critério de caso de FMB (Ministério da Saúde, 2008), a letalidade de 64% foi a mais elevada das últimas três décadas no país. |