Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Montenegro López, Diego Camilo |
Orientador(a): |
Brazil, Reginaldo Peçanha,
Gazêta, Gilberto Salles |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/28442
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Resumo: |
A Febre Maculosa (FM) é uma doença causada por bactérias e transmitida por vetores, especialmente carrapatos, com um dos maiores impactos no Brasil pela quantidade de mortes que provoca, em relação ao número de pessoas infectadas. É relatada no Estado do Rio de Janeiro (RJ) desde a década de 40, havendo comprovação de óbitos em várias regiões do Estado. Apesar de seu interesse para a saúde pública, pouco se conhece a respeito dos fatores que permitem a instalação ou ampliação dos focos de transmissão epidêmicos e epizoóticos, não se tem uma avaliação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) na captação, diagnostico e confirmação de casos suspeitos para FM e também não uma avaliação da vulnerabilidade espacial pela FM no RJ. Situações que serão tratadas no presente trabalho acadêmico. Na primeira abordagem, identificamos artrópodes infectados com Rickettsia felis, R. bellii e R. Rickettsii, sendo modelados por seus hospedeiros específicos. A relação R. rickettsii-vector-hospedeiro foi mais evidente no parasitismo específico, sugerindo que a associação entre cães, gado, cavalos, capivaras e seus principais ectoparasitas, Rhipicephalus sanguineus e Ctenocephalides felis, R. microplus, Dermacentor nitens e Amblyomma dubitatum, respectivamente, têm um papel fundamental na dinâmica da transmissão de R. rickettsii em ciclos enzoóticos e na manutenção de populações de vetores infectados, que proporcionam a existência de áreas endêmicas com a oportunidade de virem surtos epidêmicos de FM no RJ O parasitismo em humanos só foi confirmado por Amblyomma sculptum infectado com R. rickettsii, o que reforça a importância dessa espécie como vetor do patógeno no Brasil. No segundo e terceiro cenários verificamos que a dinâmica da epidemiologia é muito heterogênea no tempo e no espaço, com surtos em determinados momentos, com altas taxas de mortalidade e tempos de silêncio epidemiológico, alterando seu perfil de doença rural para doença urbana como esta acontecendo em todas as áreas endêmicas do Brasil. Nos últimos 34 anos, houve 990 notificações com 116 casos confirmados de FM residentes no 42,39% dos municípios do estado. Se evidência que próximo do 12% dos casos notificados se confirmam como FM, 3% como dengue, 1,6% como leptospirosis e 0,7% correspondem à alergia à picada do carrapato. Cenários de fluxo de pacientes entre os sítios de infecção, residência e atenção médica entre estados fronteiriços e dentro do RJ também acontece. Confirmamos que não é possível fazer uma classificação diagnóstica dos casos suspeitos de FM através dos sinais e sintomas clínicos, empregando técnicas de redes neurais, situação associada, em parte, pela qualidade da informação que é depositada no SINAN. A vulnerabilidade espacial na infecção humana com Rickettsias patogênicas transmitidas pelos carrapatos pode ser analisada em três níveis: i. O individual ou LPI; ii. A população ou município; e iii. O ecossistema ou estado. Este estudo pode ser adaptado a diferentes cenários eco-epidemiológicos de febre maculosas no Brasil e nas Américas |