Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Prado Neto, Priscila Fernandes do |
Orientador(a): |
Dias, Marcos Augusto Bastos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27409
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Resumo: |
Introdução: A adolescência é concebida pela legislação brasileira como período da vida a ser protegido e amparado. O Ministério da Saúde construiu diretrizes e orientações voltadas ao cuidado integral da saúde de adolescentes e jovens, atentando-se às suas especificidades. Nesse sentido, a gravidez na adolescência configura-se como momento importante de cuidados em relação à saúde sexual e à saúde reprodutiva, ao crescimento e ao desenvolvimento físico, bem como às vulnerabilidades e os projetos de vida das adolescentes gestantes. Objetivo: Analisar a adolescência enquanto fator de desigualdade para a atenção ao pré-natal e ao parto no SUS. Método: Estudo quantitativo, transversal, de fonte secundária, a partir dos dados provenientes da Pesquisa de Satisfação da Ouvidoria Ativa da Rede Cegonha do Ministério da Saúde dos anos de 2013 e 2014. Foram realizadas entrevistas telefônicas com mulheres e adolescentes que tiveram partos no SUS em serviços com 100 ou mais partos/ano. A amostra foi composta por 42.632 usuárias do SUS, sendo 4.252 adolescentes de 15 a 19 anos e 38.380 mulheres jovens e adultas de 20 a 56 anos. As variáveis analisadas foram as características da assistência ao pré-natal e ao parto estratificadas por grupo etário e macroregião do país. Para análise da diferença das proporções entre os grupos, foi realizado o teste Qui-quadrado, o nível de significância foi de 5%. Resultados: A análise da assistência ao pré-natal mostrou que no mínimo 98% das mulheres tiveram acesso ao acompanhamento pré-natal nos dois grupos etários. As adolescentes realizaram menos exames laboratoriais até a 20ª semana de gestação e tiveram maior taxa de peregrinação para a internação em comparação com as adultas. As adolescentes foram mais informadas, com exceção das orientaçoes sobre o hospital de referência para o parto. As maiores proporções de presença de acompanhante foram verificadas entre as adolescentes. Menores proporcões de acompanhantes foram observadas durante o parto, quando cerca da metade das entrevistadas, independente do grupo etário, relatou estar com alguém de sua escolha nesse momento. Em relação à posição a ser adotada no parto normal, apenas 14% das adolescentes e 11% das adultas, em média, foram orientadas que poderiam escolher a posição para ter o bebê além da posição deitada. Conclusão: Os desafios da qualificação do pré-natal e da melhoria dos serviços de saúde na atenção ao parto estão presentes nos dois grupos estudados. Esta pesquisa permite estabelecer estratégias de aprimoramneto do pré-natal e da assistência ao parto para as adolescentes. A adolescência foi fator de desigualdade desfavorável para a realização do acompanhamento pré-natal e de exames laboratoriais, para o recebimento de informação do hospital de referência e para a peregrinação para o parto, com diferanças entre as regiões do país. Destaca-se a importância da organização do cuidado em rede de referência e contrareferência para a garantia da assistência às adolescentes. Ressalta-se, também, a necessidade de compreender outros fatores associados à violação dos direitos das adolescentes gestantes. |