Caracterização molecular dos coxsackievírus B5 associados a infecções no sistema nervoso central no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Machado, Raiana Scerni
Orientador(a): Sousa Junior, Ivanildo Pedro de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/51541
Resumo: Os enterovírus humanos (EV) são vírus de RNA, não envelopados, pertencentes à família Picornaviridae. Embora a maioria das infecções por EV sejam assintomáticas e autolimitadas, esses vírus podem causar um amplo espectro de apresentações clínicas, incluindo síndromes graves do sistema nervoso central (SNC). O coxsackievírus B5 (CVB5) é um dos tipos de EV mais prevalentes em humanos e epidemias causadas por esses vírus são relatadas anualmente em todo o mundo. O objetivo deste estudo foi determinar a diversidade genética dos CVB5 associados a infecções no sistema nervoso central no Brasil. Para isso, foram utilizados isolados de CVB5 obtidos a partir de amostras de líquido cefalorraquidiano e fezes de pacientes com meningite asséptica e paralisia flácida aguda, respectivamente. Foi realizada a reinoculação das amostras em linhagens celulares (HEp2C e RD). Em seguida, foi realizada a extração do RNA, síntese do cDNA e PCR para amplificação da principal proteína do capsídeo viral (VP1). Posteriormente, foi realizada a reação de sequenciamento baseada no método de Sanger e a análise filogenética das sequências obtidas. De 2005 a 2019, 58 isolados de CVB5 foram identificados no âmbito do Programa Brasileiro de Vigilância da Poliomielite. As análises das sequências de VP1 revelaram dois genogrupos CVB5, A e B, circulando no Brasil. A análise filogenética sugeriu a circulação do genogrupo A (subgenogrupo A4) a partir de 2017 no país, enquanto os isolados de CVB5 pertencentes ao genogrupo B (subgenogrupo B2) antes de 2017 A análise baseada nas sequências de aminoácidos mostrou substituições importantes em resíduos conhecidos por desempenhar papéis importantes no tropismo viral. Este trabalho fornece informações valiosas sobre a diversidade de CVB5 associada à infecção do SNC no Brasil, apontando para a importância da vigilância dos enterovírus não-pólio em doenças neurológicas