Obtenção e caracterização de fragmentos F(ab')2 obtidos a partir de anticorpos monoclonais murinos anti-PBP2a de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Araújo, Anna Erika Vieira de
Orientador(a): Senna, José Procópio Moreno, Sousa, Álvaro Paiva Braga de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25100
Resumo: As infecções causadas por MRSA são um problema de saúde mundial, especialmente devido à dificuldade de tratamento, alto grau de virulência e elevada morbidade associada. As cepas de MRSA caracterizam-se por possuir uma proteína de baixíssima afinidade por \03B2-lactâmicos, a PBP2a. Por ser uma bactéria multirresistente, diversas alternativas de tratamento têm sido pesquisadas, como coquetéis de antimicrobianos e imunoterapias, porém até agora nenhuma obteve sucesso. Desta vez, tendo em vista a PBP2a como um alvo em potencial, encontrase em desenvolvimento um anticorpo monoclonal anti-PBP2a de MRSA. Fragmentos de anticorpos, contendo apenas as duas porções Fab\2019, são amplamente descritos na literatura como ferramentas imunoquímicas, reagentes de diagnóstico e terapêutica, graças à sua rápida farmacocinética e baixa imunogenicidade Os fragmentos F(ab)2\2019 foram obtidos por digestão enzimática com papaína e pepsina e purificados através de cromatografia de afinidade utilizando resinas de Proteína A, como a MabSelectSure (GE) e concentradas por unidades filtrantes Amicon® MWCO 50 kDa. Suas afinidades pela PBP2a foram testadas através de um ensaio ELISA do tipo indireto e um Western Blot. Através de um ensaio de neutralização bacteriana, verificou-se a atividade neutralizante dos fragmentos após a digestão. Foi feito também um ensaio de farmacocinética com camundongos. Os resultados indicaram que foi possível a obtenção e o isolamento de fragmentos F(ab\2019)2 por digestão com papaína e pepsina, sendo que a pepsina apresentou melhor produção de F(ab\2019)2 com melhor rendimento. O ELISA e o Blot demonstraram que os F(ab\2019)2 não perderam afinidade pela PBP2a, mesmo após o processo de digestão enzimática, assim como não perderam sua capacidade neutralizante, obtendo resultados próximos aos apresentados pelo anticorpo não digerido. E como esperado, nos ensaios de farmacocinética o F(ab\2019)2 apresentou eliminação mais rápida (entre 12 e 18 horas) se comparado à IgG (aproximadamente 9 dias).