Avaliação da atividade in vivo do antimoniato de meglumina e de sua associação com o tratamento tópico sobre Leishmania (Viannia) braziliensis isoladas de pacientes portadores de leishmaniose cutânea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Rodrigues, Lucas Fonseca
Orientador(a): Rabello, Ana Lúcia Teles
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/6521
Resumo: Apesar da busca por tratamentos alternativos para a Leishmaniose Cutânea (LC), os antimoniais pentavalentes (SbV) ainda permanecem como os fármacos mais amplamente usados no tratamento dessa doença. Eles podem ser eficazes e relativamente bem tolerados; entretanto, reações adversas graves e falha terapêutica ocorrem frequentemente. A possibilidade de a falha terapêutica estar associada a diferenças na sensibilidade ao SbV dos parasitos foi investigada utilizando-se, principalmente, análise de sensibilidade in vitro. Os resultados, até o momento, porém, são contraditórios. Portanto, faz-se necessária a busca por novos modelos de avaliação de sensibilidade a fármacos em Leishmania e por tratamentos alternativos que sejam menos tóxicos, como por exemplo, o desenvolvimento de formulações de uso tópico. Por isso, o objetivo deste trabalho foi avaliar a sensibilidade in vivo de Leishmania (Viannia) braziliensis isoladas de pacientes portadores de LC ao antimoniato de meglumina, bem como a atividade da combinação de uma baixa dose de SbV, considerando-se o modelo de hamsters dourados (Mesocricetus auratus), com aplicação tópica de uma formulação hidrofílica de paromomicina (PA). Para a análise de sensibilidade in vivo, hamsters foram infectados com 13 diferentes isolados e tratados com 50mg SbV/Kg/dia, durante 20 dias. Em comparação à resposta observada para a cepa de referência de L. (V.) braziliensis MHOM/BR/1975/M2903, todos os isolados mostraram-se sensíveis ao antimoniato de meglumina. Para a avaliação da combinação SbV + PA, hamsters foram infectados com três dos 13 isolados utilizados na análise de sensibilidade e com a cepa M2903 e separados em grupos que receberam esquemas terapêuticos de 25mg Sb V /Kg/dia, 25mg SbV/Kg/dia + PA e apenas PA, todos por 20 dias. Para esses isolados, a dose de 25mg SbV/Kg/dia, por 20 dias, por si só, foi eficaz na cicatrização dos animais, o que prejudicou a avaliação da eficácia da associação dessa dose com a aplicação tópica de PA, considerando o parâmetro tamanho de lesão. Porém, por outro lado, também evidenciou maior sensibilidade dos isolados ao antimoniato de meglumina. Considerando-se o parâmetro carga parasitária, a combinação dos fármacos foi eficiente para redução do parasitismo no sítio de lesão apenas em um dos isolados, quando comparada à ação dos fármacos isoladamente. Para a cepa M2903, a combinação SbV + PA mostrou-se eficaz na a redução do tamanho da lesão nos animais, mas não na redução da carga parasitária.