Análise preliminar dos fatores de risco para a infecção pelo HIV entre usuários de drogas injetáveis nas ruas da Cidade do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Albuquerque, Katia Coutinho de
Orientador(a): Bastos, Francisco Inácio Pinkusfeld Monteiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5251
Resumo: Estudo seccional, parte de investigação em curso (WHO Drug Injecting Study Phase II), foi desenvolvido entre usuários de drogas injetáveis (UDI), recrutados nas “ruas” do Rio de Janeiro, para avaliar fatores de risco para a infecção pelo HIV. Duzentos e quarenta e seis UDI foram entrevistados e realizaram exames laboratoriais. Procedeu-se inicialmente a uma revisão dos fatores de risco para a infecção pelo HIV mais freqüentemente encontrados nesta população. A prevalência pontual para a infecção pelo HIV foi de 6,1%. Foram identificadas variáveis que se mostraram significativa e positivamente associadas à variável dependente a saber: “vive sozinho atualmente”; “injetou com alguém infectado com o HIV”; “injetou com alguém com hepatite”; “nos últimos 5 anos, teve um relacionamento sexual com outro homem”; “alguma vez um profissional de saúde disse que você tinha tuberculose” (idem para história de “sífilis”, “gonorréia”, “herpes genital” e “veias colabadas”), “você recebeu um resultado positivo para o teste para o HIV”, “tomou alguma medicação anti-AIDS (...)” e “alguma vez um profissional de saúde disse que você tinha AIDS”. Não foi possível desenvolver análises multivariadas devido ao pequeno número de infectados. Nesse estudo verificou-se um impacto aparentemente benéfico − com declínio substancial da taxa de prevalência para a infecção pelo HIV em relação ao conjunto de estudos anteriores no RJ − dos programas de prevenção sobre a população de UDI (além de um provável efeito de “saturação”), população esta que muitos julgam de todo inacessível e refratária às mudanças comportamentais. Os programas de prevenção ganham aqui o referendo, parcial, dos achados empíricos.