Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Régis, Ingrid Alves |
Orientador(a): |
Lima, Marli Maria,
Abad-Franch, Fernando |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/37768
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Resumo: |
Triatoma brasiliensis e Triatoma pseudomaculata são vetores do Trypanosoma cruzi, agente da doença de Chagas, na Caatinga do nordeste do Brasil. Na natureza, essas espécies ocupam diferentes ecótopos e exploram diferentes hospedeiros. T. brasiliensis é terrestre e está associado a afloramentos rochosos (e cactos em algumas áreas) frequentemente compartilhados por roedores, enquanto T. pseudomaculata é arbóreo e parece alimentar-se principalmente de aves. Ambas as espécies, no entanto, podem infestar habitats feitos pelo homem, onde a possibilidade surge para a competição sobre os principais recursos - abrigo e sangue. Determinamos a ocorrência / coocorrência de T. brasiliensis e T. pseudomaculata em 412 ecótopos artificiais (91 habitações) para investigar padrões de segregação de espécies e investigar dois candidatos a processos subjacentes: (a) partição de recursos (T. brasiliensis preferindo ecótopos minerais ou ocupados por roedores e T. pseudomaculata preferindo ecótopos ocupados por vegetação ou aves) e (b) competição interespecífica verdadeira (cada espécie efetivamente evitando a outra). Usamos modelos lineares mistos generalizados (GLMMs) para identificar correlatos de ocorrência específica, incluindo a coocorrência de outras espécies. Ambas as espécies co-ocorreram em quatro ecótopos (0,97%). T. brasiliensis (12,9% de ocorrência geral) foi mais comum que T. pseudomaculata em ecótopos minerais (17,9% vs. 3,46%) e em ecótopos utilizados por roedores (74,1% vs. 11,1%); o melhor desempenho do T. brasiliensis GLMM estimou um forte efeito positivo da disponibilidade de roedores na ocorrência desses insetos (\03B2roedor = 3,55 ± 0,57EP) Em contraste, T. pseudomaculata foi mais rara (7,1%) e ocorreu mais frequentemente que T. brasiliensis em ecótopos vegetais (13,6% vs. 6,8%) e em ecótopos utilizados por aves (19,3% vs 6,4%); o melhor desempenho de T. pseudomaculata GLMM estimou o efeito da presença de aves na ocorrência de insetos como \03B2aves = 2,30 ± 0,48EP. Os GLMMs não revelaram nenhuma evidência de que a ocorrência de uma espécie afetou a probabilidade de que o outro co-ocorresse no mesmo ecótopo, após o ajuste para as características do ecótopo e a disponibilidade do hospedeiro. Esses achados sugerem que as espécies de estudo mantêm a segregação espacial em ambientes humanos associando-se preferencialmente com os vertebrados que exploram na natureza. Assim, conclue-se que a partição de recursos, e não a verdadeira competição interespecífica, provavelmente impulsiona a segregação ecológica de T. brasiliensis e T. ix pseudomaculata em habitats criados pelo homem. Elucidar os mecanismos subjacentes ao particionamento de recursos exigirá abordagens experimentais. |