Caracterização morfológica e molecular de hídridos do cruzamento entre Triatoma macula (Erichson, 1848) e Triatoma pseudomaculata Corrêa & Espínola, 1964 (Hemiptera: Reduviidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Belisário, Carlota Josefovicz
Orientador(a): Diotaiuti, Liléia Gonçalves, Romanha, Alvaro José
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/9093
Resumo: Devido às suas grandes semelhanças morfológicas, Triatoma maculata e Triatoma pseudomaculata, que constituem para Carcavallo et al. (2000) o ´complexo maculata`, eram consideradas a mesma espécie até 1964 (Corrêa e Espínola, 1964). Essas espécies são alopátricas e, segundo Schofield (1988), T. maculata teria sido introduzida no Nordeste brasileiro por aves migratórias, com subseqüente especiação, e formação da espécie T. pseudomaculata. Estudos utilizando isoenzimas demonstraram grande distância genética entre as duas espécies e grande proximidade entre T. pseudomaculata e Triatoma wygodzinsky, com subseqüente proposta de reestruturação do ´complexo maculata`(Santos et al., 2003) Os estudos de cruzamentos entre em triatomíneos permitem a formulação de hipóteses acerca da origem e divergência de espécies e podem ajudar a entender a sistemática do grupo. O objetivo deste trabalho é determinar o grau de isolamento reprodutivo entre T. maculata e T. pseudomaculata, e caracterizar geneticamente as espécies e os híbridos obtidos pelos cruzamentos interespecíficos, permitindo o cotejamento de aspectos genéticos com características biológicas e comportamentais destes insetos. Os nossos resultados mostram que T. maculata e T. pseudomaculata não apresentam diferenças quanto à reprodução e são espécies que se cruzam produzindo híbridos inférteis. Os resultados dos cruzamentos intra e interespecíficos, da morfologia, da morfometria geométrica e da análise de RAPDs mostram T. maculata e T. pseudomaculata como espécies bem diferenciadas Os híbridos obtidos são mais semelhantes morfologicamente à T. maculata, entretanto, geneticamente estão mais próximos à T. pseudomaculata. T. wygodzinsky e os híbridos obtidos com estas espécies foram os que se apresentaram mais distantes dos demais grupos estudados. Os resultados indicam que independentemente de uma origem evolutiva comum entre essas três espécies, atualmente elas estão bastante diferenciadas geneticamente e não devem, portanto, constituir complexo entre elas.