Estudo do conexivo de Panstrongylus megistus, Triatoma dimidiata, Triatoma lenti e Triatoma rubrovaria (Hemiptera, Reduviidae, Triatominae).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Garcia, Fábio Regis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153389
Resumo: A doença de Chagas apresenta em sua cadeia epidemiológica hospedeiros invertebrados, que são os triatomíneos, insetos hematófagos que veiculam Trypanosoma cruzi, agente etiológico dessa zoonose. Devido à importância epidemiológica dos triatomíneos faz-se necessário um estudo detalhado sobre caracteres morfológicos e bioquímicos, buscando uma possível relação entre fatores endógenos, exógenos e sua capacidade vetorial. Nesta tese foi desenvolvido o estudo de metabólitos produzidos pelos triatomíneos, dentre esses os constituintes responsáveis pela coloração do conexivo de adultos de Panstrongylus megistus, Triatoma dimidiata, Triatoma lenti e Triatoma rubrovaria. Justifica-se a utilização dessas espécies, pois P. megistus e T. rubrovaria embora de gêneros distintos, apresentam a coloração vermelha no conexivo enquanto T. dimidiata e T. lenti contém em seus conexivos, manchas amarelas. Assim, a identificação das substâncias responsáveis pela coloração do conexivo dessas espécies será útil para determinações de novos marcadores taxonômicos e também para análises filogenéticas. Dessa forma, foram utilizadas várias metodologias experimentais para elucidar e caracterizar a constituição dos componentes pigmentados do conexivo. As análises feitas por microscopia eletrônica de varredura e microscopia eletrônica de transmissão acopladas com EDS permitiram a visualização e identificação de nanopartículas e elementos químicos. A identificação das nanopartículas foi feita por determinação e mensuração dos planos atômicos a partir das imagens geradas pela análise de MET em alta resolução. Foram identificadas por essas técnicas a existência de elementos químicos constituintes de nanopartículas, de sangue humano e de β-quitina. Os resultados obtidos permitem concluir que a coloração do conexivo se dá pelo fato de existir nessa estrutura substâncias distintas ou em concentrações diversas, entre as quais as nanopartículas e os elementos químicos que as constituem. As nanopartículas encontradas em P. megistus foram identificadas como Ti, em T. dimidiata como Ti2O3, em T. lenti como Fe2O3 e em T. rubrovaria como FeVO4.