Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Silva, Margarete Bernardo Tavares da |
Orientador(a): |
Oliveira, Rosely Magalhães de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/2311
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Resumo: |
Historicamente a esporotricose esteve associada a profissionais que lidam com a terra, local onde o fungo causador habita. No entanto, recentemente em determinada área urbana tem sido registrada a ocorrência de casos relacionados à arranhadura ou mordedura de animais como o gato, levando a surtos familiares, acometendo indivíduos de todas as faixas etárias e sexo. Objetivo: Analisar a distribuição sócio-espacial da esporotricose na Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro no período de 1997 a 2007, caracterizando padrões e espaços críticos e condições particulares da transmissão. Metodologia Estudo descritivo sócio-espacial dos dados do Serviço de Vigilância em Saúde/IPEC,que foram complementados pela revisão dos prontuários. Para espacialização foi utilizada a técnica de Georreferenciamento dos casos, pelo endereço de residência. Resultados: Foram diagnosticados 1.848 casos, com média de 168 casos/ano. O último quadriênio totalizou 1.289 casos - 2,3 vezes mais que nos sete anos anteriores. Foram atendidas predominantemente mulheres (66,9%), com idade entre 20 e 69 anos (53,3%), que permaneciam no domicílio por um período prolongado, à serviço ou não (33,1%) em relação a 8,4% de homens.Do total de atendidos, 16,61% relatou história de trauma com plantas e 66,88% trauma com animal: 78,1% correlacionado a gatos e 8,8% sem correlação com felinos. Relacionou-se a existência de felino(s) no domicílio à contaminação pelo Sporotrichum schenckii através do gato. 95% dos pacientes residiam na Região Metropolitana. . O georreferenciamento de 1.681 casos (91%), mostrou que 1.610 residiam em cinco Municípios limítrofes ao Rio de Janeiro.A análise de Kernel evidenciou sete áreas onde a transmissão apresentou-se mais intensa. Duas localidades foram selecionadas para estudo dos padrões de transmissão: a primeira identificada como AQ-RJ e a segunda identificada como AQDC. A primeira foi escolhida pela intensidade variada durante o período e a segunda pela intensidade no final do período. Utilizando como limite para análise a primeira faixa de intensidade do Kernel foram identificados os casos que compunham cada localidade - em ambas a distribuição por sexo permaneceu 2:1 mulheres/homem, com atividades relacionadas à casa 37,5% e 62,5% respectivamente. Neste aspecto foi observada ligeira diferença com relação ao perfil do Estado, onde a média foi de 41%. Na AQ_RJ 58,3% e na AQ_DC 75% dos pacientes adoeceram por trauma com gato, em média 66% dos pacientes possuem gato no ambiente domiciliar. Conclusões: Gatos em ambiente domiciliar, como opção para controle de roedores e em contato com a natureza, é fator de risco para contaminação por esporotricose. Os ratos podem estar sendo a população-ponte entre o fungo e os gatos e, principalmente nos lugares onde a intensidade de transmissão da doença tem sido mais elevada, existe um ambiente propício para sua difusão. Ações de educação em saúde, o tratamento dos animais, o controle dos vetores e a melhoria das condições de saneamento são caminhos importantes para o controle da doença. O desconhecimento sobre a doença e os cuidados necessários para evitar a contaminação, contribuem para manutenção dos casos ao longo destes anos. Para o real conhecimento da situação epidemiológica da esporotricose humana no Estado do Rio de Janeiro é necessária a instituição desta como Doença de Notificação Compulsória a Nível Estadual. |