Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Alves, João Victor Bohn de Albuquerque |
Orientador(a): |
Engstrom, Elyne Montenegro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55410
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Resumo: |
A Covid-19 tem sido descrita como uma sindemia por impactar de forma desigual pessoas com piores condições socioeconômicas e de saúde, apresentando piores desfechos em portadores de comorbidades. A sobrecarga dos serviços de saúde imposta pelo seu enfrentamento tem levantado preocupações pela restrição do acesso aos usuários, em especial, aqueles com condições crônicas de saúde. No âmbito do SUS do município do Rio de Janeiro (MRJ), a Atenção Primária à Saúde (APS) – responsável pelo acesso, coordenação e continuidade do cuidado desses usuários – vivenciava crise com desestruturação da rede, prévia ao início da epidemia na cidade. Nesse contexto, precisou se readequar à nova realidade sanitária e aos papéis assumidos por seus profissionais. A pesquisa teve como objetivo analisar os efeitos da epidemia do novo coronavírus sob o acesso aos cuidados na APS do MRJ pelos usuários com condições crônicas de saúde. Foi elaborada uma estratégia de monitoramento desenvolvida em 3 etapas: construção de um painel de indicadores que expressam a cobertura pela APS e acesso, em especial, para condições crônicas de saúde a partir de traçadores, de 2016 a 2021; exploração do contexto político-institucional, com a construção de uma linha do tempo de acontecimentos significativos à APS; sistematização, tabulação e representação dos dados em gráficos de séries temporais e tabelas para análise descritiva. A construção do painel contou com a colaboração de gestores da Secretaria Municipal de Saúde na avaliação da pertinência e oportunidade da utilização destes indicadores extraídos de bases de acesso público. Além disso, destaca-se a redução no percentual de casos novos curados de tuberculose pulmonar e aumento na incidência de sífilis congênita. A tendência decrescente para a maioria dos indicadores se iniciou antes do início da epidemia na cidade. Essas restrições de acesso podem resultar no aumento de complicações relacionados às condições crônicas de saúde. Espera-se que este estudo possa auxiliar na tomada de decisão pela gestão de saúde do município para implementação de políticas no sentido da expansão da APS e remoção de barreiras de acesso, bem como no planejamento de estratégias para a preparação dos serviços para o enfrentamento de outras emergências sanitárias no futuro. Novos estudos são necessários para a compreensão do impacto dessas restrições sobre os desfechos em saúde no MRJ. |