Padrões de consumo de alimentos de mulheres: análise dos registros alimentares da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009 e revisão sistemática da relação com câncer de mama

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Albuquerque, Rita de Cássia Ribeiro de
Orientador(a): Marchioni, Dirce Maria Lobo, Baltar, Valéria Troncoso
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35301
Resumo: Uma revisão sistemática da literatura incluiu trabalhos desenvolvidos em diferentes populações de todos os continentes do mundo sobre a relação entre padrões de consumo identificados por análise fatorial e câncer de mama. Foi verificado que os dados convergem para o consumo de um padrão alimentar composto por vegetais, frutas, peixes, crustáceos, soja e seus derivados, azeite, frango, e adicionalmente, para outro padrão que descreve o hábito alimentar típico da região estudada. Esses padrões atuariam reduzindo o risco da doença, enquanto um terceiro padrão caracterizado pelo consumo de bebidas alcoólicas estaria aumentando o risco. Para averiguar a existência de padrões semelhantes na população de mulheres brasileiras foram examinados dados do módulo de consumo alimentar individual medido pela POF 2008-2009, de uma subamostra de 8.325 mulheres não lactentes, não gestantes e com idade superior a 35 anos. Foram identificados por meio de Análise Fatorial Exploratória (AFE) quatro padrões alimentares, denominados “Tradicional Brasileiro”, “Lanches”. “Gorduras e Álcool” e “Lacto-vegetariano”. Em seguida, a população de 8.325 mulheres avaliadas foi reunida em seis grupos (clusters) segundo o padrão de consumo alimentar. O Grupo 1 (n=974 mulheres) caracterizou-se pelo maior consumo do padrão “Lactovegetariano”, o Grupo 2 (n=2.904 mulheres) apresentou o segundo maior escore médio padronizado para o consumo do padrão “Lanches”. O Grupo 3 (n=1.629 mulheres) se destacou por apresentar o menor consumo médio do padrão “Tradicional Brasileiro”. No Grupo 4 (n=838 mulheres) foi observado alto escore padronizado para o consumo do padrão “Álcool e Gorduras”. O Grupo 5 (n=1.209 mulheres) foi o que apresentou maior pontuação para o padrão “Lanches” e o Grupo 6 (n=771 mulheres) foi o que apresentou maior consumo do padrão “Tradicional Brasileiro”, em comparação aos demais. Com relação às características sociodemográficas da população avaliada os seis Grupos se apresentaram de forma similar com relação à distribuição pelas cinco regiões do país. Contudo, foram verificadas associações entre os Grupos e situação geográfica (urbano/rural) (p-valor < 0,001), IMC (p-valor < 0,001) e escolaridade (p-valor < 0,001). Foi observada correlação inversa entre idade e escolaridade para essa população de mulheres brasileiras.