Qualidade da dieta da população adulta brasileira e sua associação com as variáveis socioeconômicas e demográficas – Inquérito Nacional de Alimentação 2017-2018

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Pontes, Josiele Tristão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27257
Resumo: Introdução: Nos últimos anos foi observado grandes transformações econômicas, sociais e demográfica, isso tem impactado em várias mudanças na população brasileira como, por exemplo, nas condições de vida, na situação de saúde e na qualidade da dieta. Objetivo: Analisar a qualidade da dieta de adultos brasileiros e sua relação com as suas condições socioeconômicas e demográficas. Método: Utilizou-se uma subamostra, composta por 28.901 adultos, do Inquérito Nacional de Alimentação (INA), pertencente à Pesquisa de Orçamento Familiar 2017-2018. A qualidade da dieta foi avaliada pelo HEI-2015 adaptado para população brasileira, representado por 13 componentes, sendo nove de adequação (inclui alimentos e nutrientes cujo consumo é protetor para a saúde: “frutas totais”, “frutas inteiras”, “vegetais totais”, “verduras”, “grãos integrais”, “leite e derivados”, “alimentos proteicos”, “frutos do mar e proteínas vegetais” e “ácidos graxos”) e quatro componentes de moderação (inclui alimentos e nutrientes que são prejudiciais à saúde se consumidos em excesso: “grãos refinados”, “sódio”, “açúcares adicionados” e “gorduras saturadas”). Ao final resulta em uma pontuação que varia de zero a 100 pontos, em que pontuações mais altas caracterizam dietas de maior qualidade. As análises dos dados foram realizadas utilizando o software estatístico SAS® On Demand for Academics (SAS Institute Inc., Cary, NC, EUA), considerando a complexidade do desenho amostral. Para a caracterização da população adulta brasileira foram calculadas médias e intervalos de confiança (IC 95%) do HEI-2015 adaptado para população adulta brasileira para cada classe das variáveis de caracterização da amostra. Resultados: A média do HEI-2015 adaptado para população brasileira foi de 46,19 [IC95%: 45,90;46,47]. Nas mulheres a pontuação foi superior 47,13[46,79;47,47] a dos homens 45,24 [44,91;45,56]. As pontuações dos adultos de cor preta 45,40 [44,74;46,05] e dos indígenas 43,44 [41,52;45,36] apresentaram pior qualidade da dieta em relação aos brancos 46,65 [46,20;47,11]. As pessoas que ganham até meio salário mínimo per capita obtiveram uma pontuação média menor 43,76 [43,14;44,37] dos que ganham até dois salários mínimos e as pessoas que ganham acima de dois salários mínimos obtiveram uma maior pontuação 47,47 [46,94;48,00]. Entre as regiões brasileiras, a menor pontuação média foi o Nordeste com 44,84 [44,49;45,18]. A pontuação média dos adultos mais velhos foi superior 47,51 [47,16;47,86] aos dos mais jovens 45,03 [44,67;45,39]. Em relação ao tempo de estudo não houve diferença da qualidade da dieta entre os que estudaram menos de 9 anos 45,85 [45,48;46,21] dos que estudaram 9 anos ou mais 46,33 [45,98;46,69]. Para a situação urbano/rural também não houve diferença da qualidade da dieta para os que residem em área urbana 46,18 [45,86;46,49] dos que residem em área rural 46,25 [45,73;46,76]. Conclusão: Para todas as variáveis socioeconômicas e demográficas analisadas as pontuações médias da qualidade da dieta ficaram abaixo da metade da pontuação máxima. Sendo que as piores pontuações ficaram entre as pessoas de menor renda, sexo masculino, adultos mais jovens e residentes da região nordeste.