Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Souza, Milena Lázaro de |
Orientador(a): |
Borges, Valéria de Matos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Gonçalo Moniz
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25055
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Resumo: |
O lipofosfoglicano (LPG) é o glicoconjugado mais abundante no glicocálix das formas promastigotas de Leishmania (L.) e está associado com a virulência em suas diferentes espécies. O LPG modula a ativação de macrófagos durante os estágios iniciais da infecção, mas a contribuição das suas porções lipídicas e glicídicas sobre a ativação da resposta inflamatória ainda é pouco explorada. Neste estudo, nós investigamos o papel do LPG purificado de L. infantum na ativação de macrófagos pela avaliação da formação de corpúsculos lipídicos (CL), produção de prostaglandina E2 (PGE2) e o óxido nítrico (NO). LPG total, mas não a sua porção lipídica e glicídica em separado foi capaz de induzir a formação de CLs, produção de PGE2 e o NO, bem como a expressão das enzimas ciclooxigenase 2 (COX-2) e óxido nítrico sintase induzível (iNOS). O tratamento com NS398, inibidor seletivo da COX-2, reverteu a produção de PGE2 induzida pelo LPG. Para verificarmos a importância real do LPG no contexto da infecção de macrófagos por L. infantum, nós utilizamos parasitos deficientes para o gene LPG1 (lpg1) e geneticamente restituídos (lpg1+LPG1). Caracterizamos morfuncionalmente os parasitos lpg1 e lpg1+LPG1 e observamos diferenças no perfil de crescimento, mas não ultraestruturalmente pelas técnicas de microscopia eletrônica de varredura e de transmissão. Em seguida, analisamos infecção de macrófagos in vitro. Nossos resultados demonstraram que não houveram diferenças nos índices de infecção e capacidade de internalização dos parasitos lpg1 nos momentos iniciais de infecção (4h), mas a carga parasitária dos parasitos lpg1 reduziu após 72h de infecção. O conjunto dos nossos resultados contribuirá para esclarecer o papel inflamatório do LPG de L. infantum. Além disso, abordagens experimentais utilizando parasitos deficiente para LPG constituem uma importante ferramenta para explorar mecanismos de patogenicidade durante a infecção por L. infantum. |