Estudo do polimorfismo-670 e da expressão do gene Fas na leishmaniose cutânea: possível associação com dados clínicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Santos, Gilvaneia Silva
Orientador(a): Van Weyenbergh, Johan
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34201
Resumo: A expressão de Fas/FasL tem sido descrita como crucial para resistência à infecção por Leishmania, independente de uma resposta Th1, no modelo murino. Visto que esses dados na leishmaniose humana sâo ausentes, nós quantificamos a expressão de Fas (CD95) ex vivo em PBMC de pacientes com leishmaniose cutânea localizada e investigamos o polimorfismo - 670 da região promotora do gene Apo>1/Fas por PCR-RFLP. Foram realizadas marcações com anti-CD95 e marcadores de linhagens (CD3, CD4, CD8, CD14, CD16, 16b, CD56 e CD49d) em PBMC separados pelo gradiente de densidade e análise por citometria de fluxo. Quarenta pacientes com leishmaniose cutânea localizada (oriundos da área endêmica de Jequié e Jequiriçá-Ba) foram incluídos após consentimento livre e esclarecido. Os resultados foram comparados com um grupo de 27 controles urbanos sadios e correlacionados com dados clínicos e demográficos (idade, IDRM, sorologia, tamanho de lesão, tempo da doença). As análises do polimorfismo na posição -670 do gene Fas demonstraram que o genótipo GG foi o mais freqüente entre os pacientes com LCL (45%), com 35% e 20% de GA e AA, respectivamente. Em controles normais, a freqüência dos genótipos GA, AA e GG foram 51,9%, 18,5% e 29,6%, respectivamente. A expressão de Fas em PBMC, dos pacientes comparados com os controles, foi aumentada em linfócitos e monócitos, mas um maior aumento foi observado em monócitos. A expressão de Fas em monócitos correlacionou negativamente (p=0,03, r=-0,53) com duração da doença. Nenhuma correlação foi observada entre a expressão de Fas e resposta imune humoral (IgG anW-Leishmania) ou celular (IDRM), sugerindo que a expressão de Fas e/ou apoptose poderia ser um terceiro parâmetro imune independente modificando a evolução da doença.