Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Costa, Graciomar Conceição |
Orientador(a): |
Costa, Jackson Mauricio Lopes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/9478
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Resumo: |
A hanseníase ou mal de Hansen (MH), causada pelo patógeno Mycobacterium leprae, ainda constitui um problema de saúde pública no Brasil, e em especial no Maranhão. A doença é hiperendêmica em 77 municípios do Estado. A resposta imune ao patógeno de indivíduos dessas regiões permanece obscuro podendo contribuir na manutenção da hiperendemia. Por isso, este estudo teve por objetivo caracterizar o perfil clínico-epidemiológico e imunológico de pacientes infectados por M. leprae, e de seus contatos, procedentes de área hiperendêmica. Para o desenvolvimento deste trabalho foi realizado um estudo transversal foi realizado nos municípios de Açailândia, Imperatriz e São Luís, no período 2009 a 2012. Pacientes e contatos foram clinicamente avaliados e tiveram os dados epidemiológicos coletados. Uma amostra de sangue foi obtida para realização das sorologias para detecção de anticorpos IgM anti-PGL1 pelos testes de ELISA e ML-Flow, e dosagem de citocinas e quimiocinas. A análise descritiva demonstrou que a maioria dos pacientes eram adultos, do gênero masculino, diagnosticados principalmente com as formas intermediárias da doença (60%). Incapacidades físicas foram detectadas em 35% dos casos, a maioria da forma multibacilar (MB). Os contatos de pacientes MB, em idade adulta, do sexo feminino, de convívio intradomiciliar e com parentesco de primeiro grau com os pacientes foram maioria. Anticorpos anti-PGL1 foram encontrados em 42,6% dos casos e 12% dos contatos pelo ML-Flow. E ainda em 36,8% dos casos e 12,5 % dos contatos pela técnica do ELISA. A concordância dos testes foi moderada, porém significativa (K=0,423). A soropositividade ao PGL1 está associada às variáveis epidemiológicas de casos, principalmente. Observou-se que casos e contatos apresentam alta produção de IL-17A. Pacientes MB e contatos possuem altas concentrações séricas de IL-6. Os da forma virchowiana tem reduzida produção de TGF-β1. CXCL9 e CXCL10 foram evidentes nos MB, enquanto CXCL8 estava presente em contatos. Os aspectos avaliados confirmam o caráter hiperendêmico e a manutenção de fatores de riscos para o adoecimento de contatos. O perfil imunológico observado abre perspectivas para o conhecimento e elucidação da patogenia em regiões de grande circulação do M. leprae. |