Sofrimento difuso, transtornos mentais comuns e problema de nervos: uma revisão bibliográfica a respeito das expressões de mal-estar nas classes populares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Fonseca, Maria Liana Gesteira
Orientador(a): Guimarães, Maria Beatriz Lisboa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4988
Resumo: Esta dissertação visa discutir as expressões de sofrimento das classes populares, que emergem como queixas inespecíficas que se apresentam nos serviços de saúde, como uma importante demanda de atenção. Essa discussão se faz por meio de três principais eixos: a organização dos serviços/ práticas de atenção básica e políticas de saúde em torno desse tipo de manifestação de sofrimento no Brasil, considerada, geralmente, como transtornos mentais de menor gravidade; uma revisão bibliográfica dos estudos epidemiológicos a respeito dos transtornos mentais comuns, e uma revisão bibliográfica a respeito da representação de perturbação nas classes populares, o código do nervoso, principalmente na literatura brasileira. A partir dos três eixos de discussão citados, considera-se a urgência de implementação de práticas e políticas de atenção à clientela das classes populares que apresenta este tipo de sofrimento, em alto nível de prevalência, cujos transtornos são considerados menos graves, mas que, no entanto, causam considerável sofrimento e prejuízo de diversas ordens para a vida dos sujeitos. O trabalho chama especial atenção para que a questão de que a implementação de práticas e políticas de saúde e saúde mental direcionadas à clientela portadora de transtornos mentais comuns ou de problema de nervos exige uma consideração adequada das diferenças culturais entre profissionais e clientela, e da necessidade de ações intersetoriais de forma integrada com outras políticas sociais.