Análise da variação do cuidado prestado a agravos do sistema cardiovascular nas regiões de saúde brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Lamin, Fábio Rodrigues
Orientador(a): Laguardia, Josué
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/59596
Resumo: A variação regional possibilita a análise das regiões de saúde e a percepção da variação injustificada, que demonstra uma sobreutilização ou subutilização do sistema, acarretando um desperdício ou dificuldade de acesso pelos cidadãos, respectivamente. Características socioeconômicas e demográficas, como IDH, cobertura de saúde suplementar e densidade demográfica; estruturais, como médicos cardiologistas, leitos e unidades hospitalares; e geográficas, como distância percorrida para realização do procedimento e o fato do procedimento ser realizado fora ou dentro da região, auxiliaram nas análises das regiões de saúde. Foram geradas tabelas, gráficos e mapas para melhor elucidar as informações dos sistemas oficiais de informação, disponíveis para acesso público no DATASUS, IBGE e PROADESS. Concluiu-se que as regiões de saúde, mesmo sendo constituídas com o intuito de organizar o território e prover serviços e equipamentos dantes impossíveis para alguns municípios isoladamente, não estão conseguindo cumprir o papel na atenção cirúrgica às doenças cardiovasculares. Foi observada uma significativa variação regional, com algumas regiões realizando quase 50 vezes mais angioplastias que outras e cerca de 30 vezes mais revascularizações do miocárdio. Grande parte das regiões de saúde não realizam esses procedimentos, tendo seus cidadãos que realizar os procedimentos em outra região de saúde, percorrendo por vezes distâncias que chegam a 4 mil quilômetros. Desta forma, a análise da variação regional auxilia a detectar a necessidade de investimentos estruturais e de fixação de profissionais nas diversas regiões de saúde que não possuem capacidade de suprir as necessidades de seus cidadãos adscritos