Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Souza, Leandro Siqueira de |
Orientador(a): |
Boia, Marcio Neves,
Silva, Rosângela Rodrigues e |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55965
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Resumo: |
As equinococoses são zoonoses causadas por helmintos do gênero Echinococcus. O homem, hospedeiro acidental, se infecta pela ingestão de ovos excretados nas fezes de canídeos, que são os hospedeiros definitivos. Duas formas desta doença são encontradas no Brasil: equinococose cística na Região Sul, causada pelo Echinococcus granulosus (s.l.) e equinococose neotropical policística na Região Norte, causada pelo Echinococcus vogeli. Esta pesquisa teve por objetivo conhecer aspectos que favorecem a manutenção do ciclo evolutivo de Echinococcus spp. em moradores de comunidades extrativistas em Sena Madureira, Acre. Um questionário foi aplicado para avaliar as características e grau de conhecimento sobre a doença na população, seguido de coleta de amostra de sangue venoso. O soro foi processado no Laboratório de Referência Nacional em Hidatidose – LRNH/LHPV/IOC/Fiocruz, e a presença de anticorpos avaliada por Immunoblotting (IgG anti-Echinococcus). Os participantes com teste reagente foram submetidos a Ultrassonografia Abdominal, para avaliar a presença de cistos hidáticos no fígado. A presença de potenciais reservatórios silvestres foi registrada por meio de 05 armadilhas fotográficas digitais Bushnell® instaladas em trilhas de 1400 metros com distância de 300 metros entre os pontos de amostragem. Foram coletadas amostras sanguíneas de 327 pessoas Destas 8,6% (29/327) apresentaram reatividade sorológica. As 29 pessoas com teste reagente eram predominantemente do gênero masculino (69% - 20/29), com idade entre 5 a 75 anos (média de 27,4) e possuíam cães (90% - 26/29). Após a realização do exame de imagem, foram evidenciados cistos hidáticos em 10% (03/29) dos participantes, sendo uma criança de 11 anos, e dois adultos, 38 e 53 anos, todos do sexo masculino e assintomáticos. As armadilhas fotográficas registraram 137 fotografias independentes durante 1.800 dias/armadilha. A cutia foi capturada 6,6% das vezes e com registro em todos os pontos de amostragem. A paca obteve 0,9% dos registros em dois, dos 10 pontos de amostragem. Já o cachorro vinagre foi registrado duas vezes a mais de 1400 metros de distância das áreas antrópicas. A presença dos hospedeiros definitivos, o consumo dos hospedeiros intermediários, a falta de conhecimento sobre a doença e a escassez de métodos diagnósticos, são fatores que mantém a equinococose subdiagnosticada em regiões endêmicas. A implementação de programas de educação em saúde e de testes diagnósticos acessíveis em áreas endêmicas é fundamental para a quebra do ciclo de transmissão e diagnóstico precoce da equinococose |